Como marco do crescimento e fortalecimento da luta sindical, nesta
terça-feira (30), integrantes de entidades sindicais e membros da Central Única
dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, estiveram reunidos na sede do Sindicato
dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina (Sindsemp), a fim de definir
etapas de organização, estrutura e efetivação do primeiro polo sindical da CUT
na cidade, abrangendo municípios circunvizinhos de toda a região do Sertão do
São Francisco.
“Após várias discussões e construção conjunta com
todos, a CUT nos trouxe a brilhante informação de que nós constituímos o nosso
polo tão querido e desejado em Petrolina. Sediando toda a região do Vale do São
Francisco e buscando justamente agregar as forças do movimento sindical,
estabelecemos uma forma de alinhamento de trabalho e, principalmente, de
construção das políticas do movimento sindical na região. A coordenação foi
estabelecida inicialmente com alguns sindicatos presentes no curso de formação
da CUT, que foi ministrado aqui no Sindsemp. E, a partir disso, nós ficamos
responsáveis por buscar agregar cada vez mais, os outros sindicatos cutistas
para conduzir esse trabalho de construção de uma maneira geral, do polo da CUT
em Petrolina, explica o presidente do Sindsemp, Walber Lins.
A reunião discutiu temas importantes para o
estabelecimento e permanência do polo em Petrolina, como a criação de uma
agenda contínua de mobilização, além de mecanismos de sustentação desse núcleo
municipal. O encontro também organizou a estruturação do polo e elaborou a
proposta de composição da coordenação local, que será instituída respeitando o
princípio de paridade cutista.
“Nós tivemos esse encontro para começar a dar uma
vida orgânica para esse polo. Na prática já existe o trabalho, mas a gente tem que
dar uma organicidade a isso, com uma periodicidade de encontro, construir um
núcleo de coordenação desse polo e, nos próximos dias, realizar o lançamento
oficial dessa estrutura organizacional do polo aqui no Vale do São Francisco”,
explica Robson Nascimento, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de Pernambuco (Sintepe), em Petrolina.
Para o presidente da CUT estadual em Pernambuco,
Paulo Rocha, o polo sindical sempre existiu na região que, com o alinhamento
dos sindicatos de Petrolina, como Sintepe e Sindsemp, engajaram pautas
importantes na luta dos trabalhadores.
“A gente tem na região de Petrolina,
historicamente, uma região que se mobiliza, que discute os temas nacionais.
Durante, por exemplo, as discussões de mobilização contra o impeachment de
Dilma, o polo de Petrolina foi fundamental, mesmo sem ter um nome, sem ter
afirmação, sem ter nada. Só a junção dos sindicatos, a união e a unidade dos
sindicatos para a gente combater a reforma da previdência, a terceirização
desenfreada e as propostas que vieram do governo Temer, que tiraram direitos da
classe trabalhadora. Então, toda a vida, aqui na região o pessoal sempre se
mobilizou em defesa da educação, da saúde de pelo emprego e, com isso, a gente
quer dar um passo adiante tendo uma vida mais orgânica, ter condições de se
reunir com frequência, discutir temas dos municípios envolta de Petrolina, da
própria Petrolina, discutir temas estaduais e temas nacionais”, destaca Rocha.
Secretário de comunicação da CUT, Paulo Ubiratan
define o Polo de Petrolina como um núcleo de fundamental importância para a
organização e comunicação entre as entidades sindicais.
“A criação desse polo é de extrema importância
para a CUT estadual. Pernambuco é um estado com mais de 180 municípios e
Petrolina fica na ponta oposta ao litoral. Então, a própria região, pela
pungência econômica, pela quantidade empregos e empresas e também pela questão
agro tem uma predominância na organização. E a necessidade da organização dos
trabalhadores é muito grande e de repercutir as lutas, tanto nacional, como
estadual. A gente não pode ficar sem esse link, e organizar esse polo aqui em
Petrolina é de fundamental importância para que possamos ter gente que dê
sequência a luta e que possa trazer as informações, porque a informação é
preciosa e, mesmo que a gente esteja no tempo da internet, o contato pessoal é
importante para consolidar a luta dos trabalhadores”, ressalta Ubiratan.
Representante do Sindicato da Educação do
Município de Dormentes, Nila Granja, explica o impacto positivo polo sindical
de Petrolina, no apoio aos municípios menores da região.
“A cada momento, nos municípios menores, a gente
percebe que ficamos isolados com a luta. A gente não tem apoio, mas o polo veio
para nos fortalecer e nos dar mais ideias de como prosseguir diante dos
absurdos que vem acontecendo no cotidiano contra o trabalhador”, explica.
Já as representantes sindicais dos municípios de
Lagoa Grande e Cabrobó também endossam o discurso de satisfação e celebram a
efetivação do polo da CUT em Petrolina.
“Para nós foi mais que gratificante a formação
desse polo, porque nós que fazemos parte de sindicatos de cidades pequenas
ficamos mais distantes da central. Então, esse polo veio justamente para unir,
juntar essas cidades pequenas e estar nos orientando e nos passando todo o
feedback de como devemos caminhar, sindicalmente falando, em busca dos nossos
direitos. Então, a gente precisa desse porto seguro, que é esse polo e que veio
só para somar ainda mais”, acrescenta Joseilde Paulino, representante do
sindicato dos trabalhadores em educação de Lagoa Grande.
“Para nós é de grande relevância porque vai
enriquecer a nossa base e as nossas lutas. Então, esse polo vai unir forças,
que é que a gente precisa: união e o trabalho em conjuntura, porque nós
precisamos desse trabalho para enriquecer o nosso município, o nosso sindicato
e a nossa base, conclui Heloísa Santos, representante do sindicato dos
servidores municipais de Cabrobó.
Fortalecimento e união da luta sindical em prol
dos trabalhadores define o propósito do polo sindical de Petrolina, como
destaca Cristina Costa, diretora licenciada da Secretaria do Interior do
Sintepe em Petrolina.
“A gente sente aqui na região a organização da
classe patronal e o diálogo entre trabalhador e patrão é muito importante. Mas,
quando o patrão se organiza e o trabalhador não está organizado, ele perde. Ele
não tem seus direitos respeitados, ele não tem força e, principalmente, não
ouvem sua voz. Então, é nessa perspectiva que esse polo sindical ele já existe.
Nós temos uma articulação muito grande aqui no Sertão, principalmente no Vale
do São Francisco, e agora concretamente a gente quer essa estrutura física para
ter um espaço de encontro, de reuniões, para trocar experiências e para
reforçar a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico dos sindicatos aqui
da região. Então, essa é a importância desse polo sindical, em que nós estamos
cobrando. O Sindsemp sendo o carro chefe que sediou esse momento, só fez
reforçar que os trabalhadores, assim como a classe patronal, estão organizados
para fortalecer a nossa luta no movimento sindical, independente da categoria,
pois todos somos trabalhadoras e trabalhadores, conclui Cristina Costa.
Assessoria de Comunicação do Sindsemp
Postar um comentário