Destaque econômico até maio foi para o comércio varejista. No
Nordeste, Sicredi oferece R$ 1,9 bi em crédito para pessoa jurídica em um ano
A economia pernambucana apresentou crescimento de 3,7%, segundo
o índice de atividade econômica do Banco Central. O número se refere ao período
de janeiro a maio de 2024, quando comparado com o mesmo período de 2023. O
destaque no estado foi o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que
anotou crescimento de 8,4%. No mesmo período, as exportações do agronegócio em
Pernambuco tiveram um crescimento de 65,3%, totalizando US$ 386,4 milhões.
Segundo análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do
Nordeste (Etene) divulgada no final de julho, os dados refletem o crescimento
regional, que foi impulsionado pelo aumento no consumo das famílias, melhoria
na oferta de empregos, elevação do rendimento médio real e processo de
desinflação. A demanda por crédito também acompanhou esse movimento de crescimento
econômico.
O Sistema Financeiro Nordestino registrou um saldo de operações
de crédito de R$ 821,1 bilhões em maio de 2024, o que representa crescimento de
10,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Este aumento foi superior ao
observado em âmbito nacional, onde o crédito cresceu 9,2% no mesmo período.
Para Ana Paula Medeiros Vieira, Coordenadora de Ciclo de Crédito
da Central Sicredi Nordeste, na instituição financeira cooperativa, “os
segmentos de Comércio e Serviços lideraram a procura, representando 89% da
carteira de crédito de pessoa jurídica em maio de 2024, com operações
totalizando R$ 1,9 bilhão. Um aumento de 22% em relação ao ano anterior”.
Raio-X dos Créditos
No comércio, o crescimento econômico nordestino tem sido
percebido na oferta de crédito para supermercados, lojas de móveis e
eletrodomésticos, e de materiais de construção. Segundo o Sicredi, essas
empresas buscam financiamento principalmente para capital de giro, expansão e
modernização, e compra de equipamentos.
Os recursos têm sido aplicados para a criação de novas lojas,
renovação do espaço físico, investimento em tecnologia, e-commerce e marketing.
“Quase 70% da carteira de crédito de pessoa jurídica está concentrada, nos
últimos 30 meses, com as seguintes médias: Capital de Giro com 45% da carteira
de crédito, Energias Renováveis com 11%, Rotativos com 7% e Financiamento de
Veículos com 6%”, complementa Ana Vieira.
No setor de serviços, as principais necessidades são
investimentos em tecnologia, treinamento e também na geração de capital de
giro. A instituição tem percebido um aumento nos projetos que buscam adquirir
softwares especializados, sistemas de gestão empresarial (ERP) e
desenvolvimento de plataformas digitais.
"Atender a essas necessidades de crédito são cruciais para
o crescimento e a sustentabilidade das empresas nos setores de comércio e
serviços na região Nordeste. Essa é a melhor forma de se contribuir para o
desenvolvimento econômico local e regional”, finaliza a especialista.
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