Pesquisa encomendada pela Abiclor aponta que a dosagem ideal do produto para combater as larvas do mosquito é de 10ml por litro de água |
São Paulo, março de 2024. O cloro, componente
básico da água sanitária, é um recurso interessante e acessível no combate às
larvas do mosquito Aedes aegypti, que pode carregar o
vírus da dengue. Conforme o estudo Eficiência do Hipoclorito de Sódio no
Controle de Larvas do Mosquito Aedes aegypti (CENA/USP-2016), elaborado em
parceria com a Abiclor (Associação Brasileira
da indústria de Cloro Álcalis e Derivados), o produto é um aliado para o
combate à doença, pois se mostra eficaz no controle das larvas do mosquito,
além de ser facilmente adquirido nos mercados locais.
A pesquisa, que apresenta as possibilidades do uso seguro da água
sanitária (hipoclorito de sódio), maximizando sua eficiência com o mínimo de
aplicação a partir de um produto de uso doméstico, ganha relevância num momento
em que a crise da Dengue no Brasil já registra 1.253.919 casos prováveis e 299
mortes, segundo o Ministério da Saúde. Ao todo, oito estados e mais o Distrito
Federal já decretaram estado de emergência, com o intuito de reforçar medidas e
recursos para o enfrentamento.
“O cloro tem atuação semelhante à de um grupo dos inseticidas
modernos denominados IGRs (inibidores do crescimento de insetos), que são quase
inócuos aos mamíferos, mas muito eficazes em alguns tipos de insetos”, explica Valter
Arthur, autor da pesquisa sobre controle das larvas e professor associado
do Laboratório de Radiobiologia e Ambiente do CENA(USP).
Dosagem ideal
Segundo o especialista, pesquisas em laboratório mostraram que,
para alcançar a mortalidade de 100% das larvas do mosquito em 24h, é
recomendada uma dose de 10ml de água sanitária por litro de água. “A água
sanitária pode ser usada em ralos, locais que acumulam água e calçadas, por
exemplo”, complementa o pesquisador.
A dosagem equivale a uma colher de chá de água sanitária por litro
de água da torneira, e deve ser reforçada para manter a eficiência do controle
a cada 5 dias.
André Machi, também pesquisador do CENA/USP e coautor do estudo,
afirma que
que quanto maior a quantidade de hipoclorito de sódio, mais rápida
a mortalidade da fase larval do mosquito. No entanto, é preciso ter cautela ao
administrar o produto em reservas para consumo humano, animal e em plantas de
água. “Em plantas, por exemplo, para evitar toxicidade, deve-se respeitar com
maior rigor quantidades entre 2 e 10 ml do produto por litro, reforçadas a cada
5 dias”, diz Machi.
Além do uso do cloro, o combate à Dengue envolve outras práticas
importantes como evitar acúmulo de lixos e água parada e aplicar repelentes em
locais com infestação preferencialmente à base de icaridina, a base para repelentes mais
indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sobre a Abiclor
A Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados
(Abiclor) representa o setor de cloro-álcalis, que é a indústria base de
diversos produtos essenciais para a economia, além de estar diretamente ligada
ao saneamento básico e à saúde pública do país. Com 40 associados, a Abiclor
reúne algumas das principais plantas produtoras do Brasil, entre elas, Braskem,
Chemtrade, Chlorum Solutions, Dow, Katrium e Unipar e também espelha outros
elos da cadeia, como fornecedores de equipamentos, distribuidores e
transportadores. A Abiclor atua para promover o avanço da indústria de
cloro-álcalis em linha com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
propostos pela ONU, com foco na segurança e respeito às pessoas e ao meio
ambiente. Mais informações em https://www.abiclor.com.br/.
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