A
Promotora Roberta Masunari, pediu ao Juiz da Vara Criminal de Juazeiro, em
despacho datado do último dia 22 de janeiro, dado a conhecer ontem, o
arquivamento do caso da paciente Deliane Feitosa e Silva, de grande repercussão
na região.
A
promotora, apresentando pareceres técnicos do Centro de Apoio Operacional
Criminal do Ministério Público da Bahia – CAOCRIM, depoimentos de médicos dos
hospitais onde a paciente este internada e depoimentos de parentes, conclui que
“não se vislumbra negligência, imprudência ou imperícia a atrair a
responsabilidade criminal da investigada, haja vista que foram adotadas as
providências médicas cabíveis no sentido de reversão do quadro, com exames e
solicitações cirúrgicas concernentes”.
Ao
tomar conhecimento de que foi inocentada pelo MP, a médica, que sofreu
acusações inverídicas por parte de prepostos da prefeitura a mando da prefeita
Suzana Ramos, disse que não há o que comemorar: “Foi restabelecida a verdade,
mas o óbito da paciente nos entristece”, ressaltando que sempre esteve com
a consciência tranquila pois, “como atestam os órgãos técnicos e os
médicos dos Hospitais por onde a paciente passou não houve imperícia,
negligência ou imprudência”.
Relembre
o caso
Tudo
começou no dia 10 de junho, quando Deliane procurou o Hospital
Materno Infantil (HMI), administrado pela
Prefeitura de Juazeiro, após sofrer um aborto espontâneo.
Dia
10 de junho, uma sexta-feira, com dores e sangramento, Deliane deu entrada no
HMI. Foi atendida, internada, avaliada e cedo, no dia 11 de junho,
sábado, foi realizada a curetagem para retirada do material.
Dez
minutos após início do procedimento, a médica interrompeu, porque mesmo após
exaustiva curetagem ainda havia material. Imediatamente pediu
uma ultrassonografia (USG TV), para determinar as razões deste acumulo na
cavidade abdominal.
No
dia 12, 7:00 horas a médica sai do plantão, não sem antes cobrar a realização
da USG TV. Deliane, sem comunicado ou consentimento da mãe, a 1:30
da madrugada do dia 13 é transferida para o Hospital Dom Malan em Petrolina,
sem que a direção da Maternidade tenha realizado o exame solicitado.
E
aí começa o pesadelo que acaba com o trágico desfecho da morte da paciente em
um Hospital de Recife, para onde havia sido transferida, no dia 01 de dezembro
de 2022.
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