VALE EM FOCO

Estresse da pandemia pode impactar na saúde dos ombros



Dr. Luis Alfredo, especialista na área, explica o chamado "ombro congelado"

 

De nome popular curioso, o “ombro congelado” tem sido mais um dos impactos da pandemia na saúde da população, em função do estresse que a situação causa. Na nomenclatura médica científica, o problema se chama capsulite adesiva e consiste em inflamação no tecido vascularizado dessa região do corpo, resultando em progressiva rigidez articular, com grande perda dos movimentos do ombro.

 

Segundo o especialista e atual presidente nacional da SBCOC (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo), no tratamento das lesões do ombro e cotovelo, Luis Alfredo Gomez, a evolução do “ombro congelado” pode ser dividida em três fases. “Inicialmente, o principal sintoma é a dor forte, que piora com movimentação. Na segunda fase, a de congelamento, ocorre diminuição progressiva dos movimentos e a rigidez torna-se mais incômoda que a dor. Já no terceiro estágio, o ombro vai progressivamente retornando ao seu normal”, explica, acrescentando que a duração da capsulite adesiva pode variar de 6 meses a 2 anos, sendo normalmente autolimitada.

 

O médico credenciado pela SBCOC fala que, na fase inicial, o tratamento indicado é o uso de anti-inflamatórios para alívio da dor e reduzir a inflamação. “A fisioterapia nesta etapa pode diminuir os impactos da fase do congelamento. A cirurgia só é indicada quando os demais tratamentos não tiveram êxito. Por isso, para um diagnóstico e cuidado correto, é essencial procurar um especialista”, salienta.

 

 

 

Outras causas

 

Além de questões relacionadas ao estresse e ansiedade, existem vários fatores que estão associados a um risco aumentado do desenvolvimento da capsulite adesiva, como o diabetes e doenças cardíacas. Segundo o Dr. Luis Alfredo Gomez, o problema também é mais comum no sexo feminino e normalmente acomete pessoas entre 40 e 70 anos de idade, em decorrência de questões hormonais.

 

O médico pontua que não há forma única de prevenir a capsulite adesiva. “Por isso, é importante manter-se atento à articulação e buscar um especialista para iniciar a recuperação o mais cedo possível”, conclui.

 

 

 

Sobre o Dr. Luis Alfredo Gomez

 

Luis Alfredo Gomez é médico ortopedista, especialista em cirurgia de ombro e cotovelo. Doutorando em Ciências Musculoesqueléticas pela USP (Universidade de São Paulo) e presidente Nacional da SBCOC (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo) em 2022.

 

À imprensa, o médico pode falar sobre variados tipos de problemas e lesões envolvendo o ombro e cotovelo, causados no trabalho; em acidentes automobilísticos; no esporte; por esforço repetitivo; além de esclarecimentos sobre diagnósticos, tratamentos e prevenção.

 

“É uma grande satisfação representar a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo neste Congresso, compartilhar experiências e agregar conhecimentos para atender com ainda mais precisão atletas e demais pacientes”, disse o presidente da SBCOC

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