Resolução publicada, nesta terça (12), considera que alguns modelos de máscaras oferecem risco de contaminação aos trabalhadores.
O Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem de Pernambuco (SATENPE) alerta que os profissionais de saúde estão recebendo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) sem o selo de regulamentação. Alguns modelos de máscaras (N95, PFF2 ou equivalente), que vieram da China, tem a sua comercialização proibida no Brasil, conforme Resolução nº1480/2020 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (12/05). Entidade cobrará a certificação desses materiais distribuídos pelo Estado, municípios e rede privada.
Segundo o documento, foi considerado que os "Respiradores para Particulados" (N95, PFF2 ou equivalente) falharam em demonstrar uma eficiência mínima de filtragem de partículas de 95% em monitoramento realizado pela autoridade estrangeira americana, National Institute for Occupational Safety and Health - NIOSH. A Resolução destaca ainda o iminente risco de contaminação aos profissionais de saúde devido aos materiais que não atendem às especificações de filtragem mínimas.
Esse mesmo material é proibido em alguns países, como os EUA, pois, não oferece segurança aos trabalhadores, segundo o presidente do SATENPE, Francis Herbert. "Em Pernambuco, foram comprados grandes lotes e já foram distribuídos. Vamos cobrar para que o Estado, municípios e a rede privada provem que as máscaras e os outros equipamentos de proteção tenham o selo do órgão federal, autorizando a sua comercialização", ressaltou.
"Recebemos denúncias que alguns trabalhadores reaproveitam a máscara N95, algo que já está errado. Para piorar, esses lotes não tem segurança porque não passaram por um crivo da Anvisa. Por isso, estamos cobrando documentações que comprovem a regularização desses materiais tão essenciais para a proteção dos trabalhadores que estão na linha de frente em combate à Covid-19", acrescentou.
Tiago Brito
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