Outubro é o mês onde a prevenção ao câncer de mama ganha evidência com objetivo de chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce.
Neste sentido, a Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia vai realizar sessão especial, no próximo dia 18 de outubro, quarta-feira, às 09h, no Complexo Multieventos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em Juazeiro, quando a Unidade de Prevenção de Câncer de Mama (Instituto Ivete Sangalo) - que há 10 anos vem ajudando a salvar vidas, atendendo pacientes de nove municípios - será homenageado.
Proponente da iniciativa, a deputada estadual Maria del Carmen (PT) reforça a importância do fortalecimento das estruturas necessárias à prevenção desta doença, que mais tem provocado a morte de mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e destaca a importância do diagnóstico precoce.
“Nossa ideia é chamar a atenção para o fortalecimento do trabalho que o Instituto, uma extensão do Hospital do Câncer de Barretos, realiza, além de frisar a necessidade do diagnóstico precoce já que, quando descoberto no início, há 95% de probabilidade de recuperação total. Acredito que fazer rastreamento de câncer seguindo o protocolo do SUS, a partir dos 40 anos, é algo que precisa ser revisto. O caso da companheira juazeirense Katússia Almeida – que é voluntária do Instituto e foi diagnosticada, recentemente, com a doença, aos 38 anos, testando um mamógrafo, é exemplo disso”, justificou a deputada.
Maria del Carmen também defende a ampliação do projeto realizado pelo Instituto Ivete Sangalo de modo que passe a ter a estrutura de um hospital de combate ao câncer, nos padrões do Hospital de Barretos, para atender as 27 cidades que compõe a região do Vale do São Francisco.
“Jamais imaginava que, tão cedo, passaria de voluntária a paciente. Na oportunidade de instalar o mamógrafo, em setembro de 2016, fui escolhida para testá-lo, aí descobri que tinha câncer de mama, um grande susto, já que eu fazia o autoexame todos os dias, explicando às pacientes como fazê-lo. O conhecimento e as vivências me dão forças para enfrentar a doença, compartilhar minha experiência e lutar para que o Instituto Ivete Sangalo deixe de ser uma unidade de prevenção e passe a ser um hospital completo. A gente precisa viajar 510 quilômetros para fazer quimioterapia em Salvador já que nem sempre tem vaga na cidade vizinha, Petrolina, na Entidade Filantrópica Apami. Com nosso hospital, em Juazeiro, a realidade seria outra, faríamos o tratamento perto de nossas famílias e amigos e nos sentiríamos mais fortalecidos”, ratifica Katússia Almeida.