Juazeiro, no norte da Bahia, vive um colapso no trânsito que parece não ter fim. Desde o início das obras da Travessia Urbana, o que deveria ser um passo rumo à modernização se transformou em um pesadelo diário de engarrafamentos, confusão e descaso.
Mas o caos não é culpa apenas das obras. O verdadeiro problema está na falta de gestão, planejamento e comando dentro da AMTT (Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte). E é impossível falar dessa situação sem citar os responsáveis diretos: o prefeito Andrei Gonçalves, que indicou para o cargo de diretor-presidente Mitonho Vargas, alguém claramente sem preparo técnico para gerir o trânsito de uma cidade do porte de Juazeiro.
O resultado dessa escolha política desastrosa é sentido por todos: motoristas e pedestres enfrentam diariamente um verdadeiro calvário para se deslocar, especialmente nas imediações da Ponte Presidente Dutra — a principal ligação com Petrolina.
A falta de planejamento é gritante. Interdições são feitas de forma improvisada, batizadas ironicamente de “laboratórios”, como se a cidade fosse um campo de testes para amadores. Não há comunicação eficiente com a população, não há agentes de trânsito suficientes nos pontos críticos e, pior, não há uma direção técnica capaz de planejar e antecipar problemas óbvios.
Juazeiro, que é referência regional, hoje se tornou exemplo de como a má gestão e o apadrinhamento político podem paralisar uma cidade inteira. A AMTT, sob o comando de Mitonho Vargas, mostra um despreparo preocupante. O trânsito virou uma bagunça institucionalizada — e o silêncio do prefeito só reforça a impressão de que a incompetência virou política de governo.
Não é exagero dizer que a população está pagando caro por essa escolha errada. Horas perdidas no engarrafamento, prejuízos para o comércio, aumento no risco de acidentes e muito estresse. Enquanto isso, a prefeitura tenta justificar o injustificável, lançando notas e promessas vazias que não resolvem nada.
É hora de dizer com todas as letras: Juazeiro não pode continuar sendo governada por improviso. Mobilidade urbana não é brincadeira — exige planejamento, estudos técnicos, responsabilidade e competência.
O prefeito Andrei Gonçalves precisa responder à população por ter colocado no comando da AMTT alguém sem experiência comprovada na área. A cidade merece uma gestão que pense o futuro, não que viva de apagar incêndios.
Enquanto o prefeito insiste em sustentar uma indicação política que não funciona, Juazeiro segue parada — não apenas no trânsito, mas também no tempo.

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