Por
Emaísa Lima
papodiario30@gmail.com¹
Sabe-se que vivemos em uma sociedade, completamente, diferente e composta, de uma variabilidade, enorme de pessoas e modos de vida. Todavia, no solo brasileiro, conforme presente na Constituição Federal do Brasil, em seu Título Segundo, “Dos Direitos e Garantias Fundamentais”, em seu Capítulo I, “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos”, em seu Artigo Quinto, dispõe que
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
Só que dentro dessa pluralidade, nobre leitor, é preciso
dar um enfoque nas relações sociais, as quais nem sempre são possíveis de se
manter comportamentos, ditos adequados por ela, em/no geral. Já que a cada
interação e troca, os indivíduos vão absorvendo e compreendendo o mundo a sua
volta. Construindo os seus valores e suas percepções. Partindo desta premissa é
preciso dizer que o preconceito é construído socialmente, a partir das nossas
interações com o mundo e com os outros.
A partir daí, você já pensou em como seria apresentar
atrasos na linguagem, conviver com expressões faciais e gestos que nem sempre
condizem com nossos sentimentos? Já imaginou não conseguir pronunciar palavras
simples como mãe e pai ainda na infância? Passar por momentos de inquietude e,
algumas vezes, ter regressão de habilidades?
Diante destes questionamentos qual seria sua resposta? E
se, ainda, dentre deste contexto, nós colássemos a questão da Educação? Saiba
que, no Brasil, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
(LDB), Lei n˚ 9.394/1996, dispõe, em seu Título II (Dos
Princípios e Fins da Educação Nacional) e Artigo Segundo que
“Art. 2o A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
Já terias uma resposta final a nos dar? Sim ou Não?
O que achas do processo de inclusão? Este é um conceito que visa garantir
que todas as pessoas tenham valor, respeito e as mesmas chances na sociedade. E
para falar mais sobre este assunto que nós, do Papo Diário, convidamos a Pedagoga, Especialista em:
Psicopedagogia; NeuroPsicopedagogia; Neurociência; Transtorno do Espectro
Autista; Deficiência Intelectual e Dificuldade de Aprendizagem, Zenira Ferreira
da Silva.
A profissional atua de duas formas: presencial (em consultório particular, na cidade de Paulo Afonso-BA) ou virtual (on-line) atendendo a demanda de crianças, adolescentes, adultos e idosos, para afins de: estimulação cognitiva e precoce, avaliação, intervenção, para orientação de planejamento na vida diária. E, em alguns casos, investigação para hipótese diagnosticada. Ela pode ser encontrada pelos seguintes canais: telefone (75) 99178-5667 ou nas redes sociais (Instagram) @ zeniraneuropsicopedagoga..
[PAPO DIÁRIO: PD] O sítio eletrônico, Educa + Brasil, afirma que “A Pedagogia é a ciência que estuda
a Educação, compreendendo os processos, métodos, técnicas e princípios que
envolvem o Ensino e a Aprendizagem.” Com suas palavras, por favor, podes nos
dizer do que se trata este curso?
[ZENIRA
FERREIRA DA SILVA: ZFS] É
preciso dizer que é uma linda definição! E, posso responder isso, da seguinte
forma, que a Pedagogia serve para melhor qualificação dos jovens que moram em quaisquer
locais e incentivá-los ao uso das novas tecnologias e se aprofundarem nos
estudos.
.
[ZFS]
É preciso salientar de que atuação do Psicopedagogo em diferentes contextos é
fundamental para:
·
Identificar
as dificuldades de aprendizagem em seus diversos aspectos.
·
Promover
a intervenção personalizada para cada indivíduo.
·
Criar
ambientes de aprendizagem mais propícios e inclusivos.
·
Suportar
o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos indivíduos.
O
Psicopedagogo, portanto, é um profissional essencial para a garantia do direito
à educação e ao desenvolvimento integral de todos os indivíduos,
independentemente do seu contexto de vida.
.
[PD] A pergunta que não quer calar: O que é e qual o objetivo da
Aprendizagem?
[ZFS]Em
minha opinião pessoal, viu, ela define o que os alunos devem saber e compreender
em um determinado período, incluindo conhecimentos, habilidades e atitudes.
.
[ZFS] SIM!
Ainda acrescento que o nosso intuito é o de diagnosticar e intervir nas
dificuldades de aprendizagem, ajudando o indivíduo a desenvolver as suas habilidades:
Cognitivas (Se trata do conjunto de capacidades mentais que permitem ao cérebro
processe informações, construa conhecimento e realize tarefas complexas), Emocionais
(Fala sobre as capacidades que nos ajudam a reconhecer, compreender, gerenciar
e expressar, as nossas e as dos outros, emoções) e Sociais (São as capacidades
que permitem que os indivíduos interajam e se relacionem de forma eficaz e
positiva com outras pessoas) para superar obstáculos educacionais
.
[ZFS] Antes de responder a
pergunta, queria, por favor, deixar claro: Cada criança é Ú-N-I-C-A! E o meu
trabalho tem um planejamneto, o qual é diferenciado de uma para a outra, pois,
ele é voltado nas necessidades,
específicas, já notadas e diagnosticadas, daquela criança. Meu objetivo é o de
ajudar na concentração, motivação e desenvolvimento da autonomia.
[ZFS]
É claro que eu posso! Afirmo que o mais encontrado diz respeito a Dislexia (Transtorno
de Leitura e Escrita), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)
e Autismo (Se trata de um Distúrbio do Neurodesenvolvimento caracterizado por
desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação
e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados,
podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.)
.
“O transtorno
específico da aprendizagem tem origem biológica, relacionando-se com fatores
genéticos e ambientais que influenciam a capacidade do cérebro para perceber e
processar informações verbais ou não verbais, com eficiência e exatidão. A base
das anormalidades, estão, portanto, no nível cognitivo e são associadas com
manifestações comportamentais.” (Ministério da Educação, 2023)?
[ZFS]
A afirmação já fala por ela mesma! Tudo verdade! Sobre isso, acrescento que, ressalta-se
a importância de uma adequada investigação, a qual busque um correto
diagnóstico, sobre esse tema, para, então, direcionar a melhor forma de tratamento
indicado para cada caso.
.
[ZFS]
Sim! Saibam que é realizado, em um primeiro momento, um apanhado geral; e em
hipótese diagnosticada (confirmação clínica do caso estudado), a família será
orientada, e pedida, para que se leve a criança até ao médico indicado para que
o paciente seja laudado (Sabe-se que o Laudo Médico é um documento por escrito
no qual estão registrados todos os resultados da avaliação e interpretação
previamente realizadas) e, em seguida, será dado continuidade com os demais
profissionais para seu desenvolvimento acadêmico, social e de vida diária.
.
[ZFS]
Claro que posso! Afirmo que a principal, no tocante, a diferença entre
dificuldades, distúrbios e transtornos de aprendizagem reside no nível de
gravidade e na causa subjacente. Ou seja, as Dificuldades são desafios
transitórios que podem ser superados com intervenções adequadas e os Distúrbios
e Transtornos indicam problemas mais profundos, frequentemente, com causas
neurológicas.
.
[ZENIRA
FERREIRA DA SILVA: ZFS] Em primeiro lugar, viu, queria agradecer a oportunidade
de levar ao público este tema tão importante e que precisa de mais espaço para
discussão e divulgação! Outro ponto, que eu deixo, são dicas, para os vossos
leitores, em geral:
·
Identifique sinais:
Esteja
atento aos sinais de alerta como baixo rendimento escolar, dificuldades de
concentração, desinteresse pela escola, dificuldade em seguir instruções,
problemas com leitura, escrita ou matemática.
·
Procure ajuda profissional:
Não
hesite em buscar ajuda profissional (Psicopedagogo, Psicólogo, Neuropediatra,
Fonoaudiólogo, dentre outros) se suspeitar de dificuldades de aprendizagem ou
distúrbios.
·
Entenda a diferença:
§ Dificuldades de Aprendizagem: São
dificuldades específicas em áreas como leitura, escrita ou matemática, sem que
haja comprometimento cognitivo geral.
§ Distúrbios de Aprendizagem: São
distúrbios mais graves que afetam a capacidade de aprender, de forma geral,
como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
·
Esteja atento ao desenvolvimento da
criança:
Observe
o desenvolvimento da criança e compare com as faixas etárias adequadas,
buscando ajuda se houver atrasos ou dificuldades.
·
Procure por apoio:
§ Na escola: Converse com a direção,
professores e coordenadores da escola para obter apoio e informações sobre os
recursos disponíveis.
§ Na família: Esteja atento à família,
forneça apoio emocional e procure por informações sobre recursos e grupos de
apoio.
O
importante é o buscar ajuda profissional, fato que é, fundamental para um
diagnóstico preciso e para que a criança possa receber o tratamento e suporte
necessários para superar as dificuldades de aprendizagem ou distúrbios.
.
¹O Papo Diário, semanalmente, terá
o intuito de esclarecer, trazendo de uma forma mais dinâmica, leve e
descontraída, assuntos que sejam relacionados à Área da Saúde, com
profissionais especializados, por meio do uso de perguntas e respostas, fazendo
com que os nossos leitores fiquem mais conscientes sobre este tema.
Participe/colabore: papodiario30@gmail.com
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