Com foco na
valorização das espécies nativas e na promoção da educação ambiental no
semiárido, o Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA/Univasf)
promoveu, no último dia 17 de maio, dois cursos de capacitação gratuitos no município
de Curaçá (BA). As atividades aconteceram no CETEP Maria de Almeida Araújo e
reuniram moradores, estudantes e produtores rurais interessados em práticas
sustentáveis ligadas à coleta de sementes e produção de mudas.
Os cursos
integraram a agenda do Projeto RE-Habitar Ararinha-Azul, iniciativa que alia
conservação ambiental e fortalecimento comunitário nos territórios de
ocorrência da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), espécie símbolo da
biodiversidade regional. A programação contou com dois módulos presenciais
ministrados pelos ecólogos e pesquisadores do NEMA, a Dra. Daniela Vieira e o
pós Dr. Fábio Socolowski: das 8h às 12h, os participantes aprenderam técnicas
de coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes da Caatinga; e das 13h às
17h, o foco foi na produção de mudas de espécies nativas, com orientações
práticas e certificação ao final.
De acordo com o
coordenador do NEMA, o professor Dr. Renato Garcia, iniciativas como essa têm
um papel estratégico na construção de uma nova cultura de cuidado com o meio
ambiente: "capacitar pessoas para lidar com as sementes da
Caatinga é semear conhecimento, pertencimento e responsabilidade ecológica.
Estamos formando agentes locais capazes de contribuir diretamente com a
recuperação ambiental e a conservação da biodiversidade em seus próprios
territórios. Esse é o espírito do Projeto RE-Habitar: cuidar da fauna, da flora
e das pessoas”, ressaltou Renato.
O Projeto
RE-Habitar Ararinha-Azul é executado pelo NEMA/Univasf, e atua na recuperação
de 200 hectares de áreas de degradadas da Caatinga na Área de Proteção
Ambiental (APA) e Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Ararinha Azul, em Curaçá
(BA). É desenvolvido no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação,
Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF
Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do
Clima (MMA) e financiado com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente
(GEF). O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é o órgão implementado;
o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) é o órgão executor
financeiro, e a gestão administrativa do projeto é realizada com a participação
da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade), da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE). Mais informações sobre as ações do Projeto RE-Habitar podem
ser acompanhadas pelo perfil no Instagram @nema.rehabitar e
no site nema.univasf.edu.br.
Texto: Jaquelyne
Costa
Assessora de Comunicação do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) e do Centro de Estudos em Biologia Vegetal (CEBIVE) - Univasf
Fotos: Rovani Araújo
Designer e social
media do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) e do Centro de
Estudos em Biodiversidade Vegetal (CEBIVE)
(Ascom Cemafauna/Univasf)
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