Período
festivo é aguardado pelos brasileiros e especialista reforça a importância de
segurança com a saúde
O
Brasil já vivencia uma das épocas mais festivas: o Carnaval. O período é
marcado por diversão, músicas, bebidas, além de beijos e encontros sexuais. Em
meio às comemorações, o alerta é para atenção à segurança com bebidas e
cuidados essenciais para prevenção de doenças transmissíveis. O Ministério da
Saúde, por meio do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e
Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde
(Dathi/SVSA), apontou que em 2023 houve um aumento de 4,5% nos casos de HIV em
comparação a 2022. Isso demonstra maior capacidade de diagnóstico, o que
contribui para tratamentos eficientes, mas também representa um ponto de
atenção para prevenção e conscientização da sociedade.
Os
dados também mostram que em 2023 a taxa de mortalidade por aids foi de 3,9
óbitos, a menor desde 2013, o que ressalta os esforços indispensáveis para
controle da doença. Além do HIV, durante todo o ano e, especialmente neste
período de carnaval, outras doenças como as hepatites virais, HPV, vírus da
gripe, Covid-19 e até conjuntivite acendem o alerta de especialistas quanto às
questões de saúde. O Dr. José Noronha, médico infectologista do Instituto de
Educação Médica (IDOMED), observa que a preocupação é voltada às infecções
sexualmente transmissíveis. Ele observa que é preciso realizar “sexo seguro com
preservativo, procurar evitar relações com múltiplos parceiros, além de manter
hábitos de etiqueta respiratória como lavar as mãos e o uso de álcool em gel”,
destaca.
Especificamente
quanto ao ato sexual, o médico pontua que quando é realizado de forma
desprotegida e com parceiros diversos, “potencializa o risco de propagação de
IST's, como sífilis, gonorreia, clamídia e o herpes simplex”. Além disso, o
especialista destaca que nesse período é preciso ficar atento “às doenças
respiratórias devido às aglomerações, que favorecem a disseminação desse tipo
de vírus. Sem contar que também pode aumentar a
exposição
a doenças de transmissão oral-fecal, como a hepatite A, por meio de água e
alimentos contaminados”, ressalta.
Nesse
cenário, o especialista acrescenta que evitar o compartilhamento de objetos
pessoais, incluindo os cigarros eletrônicos, é imprescindível. O foco também
deve estar na melhor hidratação e alimentação com produtos de procedência
segura. Outra orientação bastante eficaz é estar em dia com a vacinação. “É
necessário ter a caderneta vacinal atualizada para hepatites, influenza e o
reforço da Covid-19. Certamente, são medidas que ajudam a evitar a propagação
dessas doenças em associação a hábitos responsáveis durante o carnaval”,
explica.
O
que fazer em caso de sintomas?
Durante
ou após as festas de carnaval, se ocorrer o aparecimento de algum sintoma, como
febre, dores diversas, secreção pulmonar, assim como lesão ulcerativa ou
verrucosa na regional genital, é preciso procurar o serviço de saúde mais
próximo. Deve-se, sobretudo, evitar a automedicação e priorizar sempre
orientação e tratamento correto indicado por especialistas.
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