Mamografia é essencial para identificar o câncer de mama
em estágio inicial e pode ser realizada pelo SUS
No dia 5 de fevereiro, o Dia Nacional da Mamografia
reforça a importância do exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. De
acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo
mais frequente entre as mulheres no Brasil. O diagnóstico precoce possibilita
tratamento mais eficaz e amplia as chances de cura.
Estudos indicam que o rastreamento por meio da mamografia
reduz a mortalidade causada pela doença. Segundo o INCA, um exame de alta
qualidade tem cerca de 90% de precisão na identificação de alterações, como
nódulos e microcalcificações, antes mesmo do surgimento de sintomas.
A mamografia está disponível gratuitamente no Sistema
Único de Saúde (SUS) para mulheres a partir dos 50 anos, com ampliação da faixa
etária conforme recomendação médica. Pacientes com fatores de risco, como
histórico familiar de câncer de mama, podem iniciar o rastreamento mais cedo.
Mulheres sintomáticas ou com suspeitas de alterações também podem acessar o
exame na rede pública, independentemente da idade.
A ginecologista e obstetra Giovanna Milan, docente do IDOMED,
destaca que, embora o autoexame não seja mais indicado como ferramenta de
rastreamento, ele é um recurso importante para que a mulher conheça o próprio
corpo. “Alterações como nódulos, mudanças na textura da pele ou secreções
mamilares devem ser investigadas. Caso sejam identificadas anormalidades na
mamografia, exames complementares, como ultrassonografia ou ressonância
magnética, podem ser necessários, assim como a biópsia para confirmação do
diagnóstico”, explica.
Além do rastreamento, a prevenção do câncer de mama está
associada a hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de
exercícios físicos, controle de peso e a redução do consumo de álcool e tabaco.
Giovanna Milan reforça que o medo do desconforto do exame
ou de um possível diagnóstico positivo não deve ser um obstáculo para as
mulheres. “É essencial que todas compreendam que a mamografia salva vidas e que
o diagnóstico precoce é o melhor caminho para um tratamento eficaz e maiores
chances de cura”, conclui.
Além disso, novas tecnologias como a tomossíntese mamária
têm melhorado a precisão dos diagnósticos. Esse método avançado realiza várias
imagens tridimensionais da mama, reduzindo a sobreposição do tecido mamário e
permitindo a detecção de lesões menores, especialmente em mamas densas.
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