A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que existam 42
milhões de brasileiros enfrentando algum tipo de queda de cabelo. Recentemente,
a apresentadora Xuxa Meneghel revelou que enfrenta problemas relacionados à
alopecia e até cogitou raspar completamente os cabelos. A declaração reacende
debates sobre essa condição que afeta milhões de brasileiros e pode ter
impactos significativos na autoestima dos pacientes.
A alopecia é uma condição caracterizada pela queda de cabelo, que
pode ocorrer de forma parcial ou total, atingindo tanto o couro cabeludo quanto
outras áreas do corpo. De acordo com a professora e médica dermatologista do
Instituto de Educação Médica (IDOMED), Thayla Lutterbach, existem diversos
tipos de alopecia, sendo as mais comuns a alopecia androgenética e a alopecia
areata.
Sinais e sintomas
A médica explica que a alopecia se refere a uma redução na
quantidade de cabelos e que pode se manifestar de diferentes formas, dependendo
da causa e do tipo. "Em alguns casos, como na androgenética, a popular
calvície, pode haver afinamento progressivo dos fios; em outras, como na
areata, falhas circulares no couro cabeludo e, em alguns outros casos, perda
repentina de cabelo em tufos, dentre diversas possibilidades", destaca
Thayla Lutterbach. Em quadros mais graves, a condição pode levar à perda total
dos cabelos e pelos corporais.
Causas da alopecia
Segundo a especialista, a alopecia pode ter diversas origens, incluindo
fatores genéticos, doenças autoimunes, distúrbios hormonais, estresse e até
mesmo carências nutricionais. "A alopecia androgenética, por exemplo, é
hereditária e ocorre devido à ação dos hormônios sobre os folículos capilares.
Já a alopecia areata é uma condição autoimune, na qual o próprio sistema
imunológico ataca os folículos pilosos, provocando a queda dos fios",
explica.
Além disso, fatores externos, como o uso excessivo de químicas
capilares, traumas no couro cabeludo e quadros de ansiedade ou estresse severo,
podem agravar ou desencadear a condição.
Tratamento e perspectivas
Embora nem todas as alopecias tenham cura, há diversas abordagens
terapêuticas disponíveis de melhorar o aspecto ou de não agravar. "O
tratamento pode incluir o uso de medicamentos tópicos e orais, terapias a
laser, reposições vitamínicas ou nutricionais e, em situações mais avançadas,
procedimentos como o transplante capilar", afirma a médica do IDOMED.
"A conscientização sobre a alopecia é essencial para
desmistificar a condição e incentivar o diagnóstico precoce, permitindo que os
pacientes recebam o suporte necessário", finalizou a médica.
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