A
Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio do Núcleo de Moradores 11
(EREFEM NM11) promoverá, no dia 22 de novembro, às 8h30, o lançamento do livro
“Mãos que Benzem”, uma coletânea de cordéis escritos por estudantes dos sétimos
e oitavos anos. A obra, publicada pela Editora Vecchio, é fruto de uma pesquisa
sobre as rezadeiras da comunidade do N11 e de oficinas de Escrita Criativa
ministradas pelo professor João Trapiá, e integra as celebrações do Mês da
Consciência Negra na escola.
Durante
todo o ano letivo, os alunos participaram de atividades de mediação de leitura
abordando diferentes tradições religiosas, desde o cristianismo até as religiões
de matrizes africanas. O projeto teve como objetivo promover a compreensão e o
respeito à diversidade de crenças, alinhando-se ao tema do ano letivo em
Pernambuco: “Educar para as relações étnico-raciais”.
“Essas
discussões ajudaram a desmistificar preconceitos comuns na sociedade e a
estimular o autoconhecimento e o respeito à expressão religiosa do próximo,
promovendo empatia e tolerância à diversidade”, explicou o professor João
Trapiá. Mestre em Educação, Trapiá pesquisa estratégias para desenvolver
habilidades de leitura e escrita com estudantes da Rede Básica de Ensino e
acredita que todos são capazes de produzir literatura significativa.
“Em
oito anos de docência, percebi que todos têm histórias para contar. Meu papel
como professor é proporcionar uma reflexão sobre a linguagem para que os
estudantes compreendam a literatura e a produzam. Este processo não é simples,
mas habilidades são desenvolvidas através de dinâmicas como brainstorming e
costura de ideias. Esses laboratórios de escrita em sala de aula já resultaram
em 11 livros lançados com estudantes da Educação Básica, incluindo o ‘Mãos que
Benzem’”, ressaltou o professor.
O
livro reúne produções de quase 40 alunos e reflete o compromisso da escola com
a valorização cultural e o respeito às diferenças, ressaltando a importância de
uma educação que fomente a cidadania e o reconhecimento das diversas
manifestações religiosas. O evento de lançamento será aberto à comunidade
escolar e promete ser um marco nas comemorações pela Consciência Negra.
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