Encontro reuniu conselheiros e membros dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Bahia no último dia 12, em Salvador |
O
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH) realizou a 59ª Reunião
Ordinária no último dia 12, no auditório da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico (SDE), em Salvador. Presidida pela coordenadora da Secretaria
Executiva dos Colegiados Ambientais (SECEX), Mariana Mascarenhas, o encontro
discutiu questões relevantes para a gestão e segurança hídrica do estado.
"As
reuniões do Conselho são fundamentais. Além do recorte da bacia, a gente
precisa pensar na gestão de recursos hídricos para todo o estado. Então, a
gente sai do espaço do território, começa a olhar o estado todo e é importante
que os comitês de bacia estejam dentro desse espaço também para trazer a
realidade deles", pontuou.
No
evento, que reuniu conselheiros e membros dos Comitês de Bacias Hidrográficas
da Bahia (CBHs), foi feita a apreciação e aprovação do relatório anual de
prestação de contas das atividades do Programa Nacional de Fortalecimento dos
Comitês de Bacias Hidrográficas (PROCOMITÊS) referente ao ano de 2023. Entre
outros pontos contemplados, a apresentação abordou o desempenho dos Comitês de
Bacias Hidrográficas (CBHs) estaduais.
Em
seguida, o tema discutido foi a atualização das resoluções de criação dos 14
CBHs existentes na Bahia. O conselheiro e presidente do Comitê das Bacias
Hidrográficas do Recôncavo Norte e Inhambupe (CBHRNI), Sérgio Bastos, ressaltou
a importância da reunião para o fortalecimento da governança e compartilhamento
de conhecimentos entre os membros dos Comitês. "O CONERH através das suas
resoluções e do seu funcionamento dá muitas diretrizes e orientações de
governança para os comitês", afirmou.
A
reunião contou ainda com a apresentação acerca da situação hídrica da Bahia,
com destaque para a apresentação do conselheiro Marcos Rogério. Entre as
questões debatidas, ele falou do cenário atual do cerrado no oeste do estado.
Segundo
o conselheiro, o bioma está sofrendo com os efeitos das mudanças climáticas e
ações realizadas sem fiscalização nas áreas de vegetação. Na apresentação, ele
ainda alertou que o oeste da Bahia, que detém grande parte da extensão do
cerrado, foi desmatado em 400 mil hectares entre os anos de 2021 e 2022.
"O
nosso planeta só mantém essa quantidade de vida graças à água e a essa
movimentação que ela faz. A mesma água que a gente está tomando hoje é a mesma
água que os dinossauros bebiam no passado, milhões de anos atrás e é importante
que a gente mantenha esse ciclo em atividade", frisou.
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