O
Governo Federal, através do Ministério do Meio Ambiente não renovou um acordo
assinado há 5 anos com a ACTP, sigla em Inglês da Associação para a Conservação
de Papagaios Ameaçados de Extinção. A medida não interromperia a reintrodução
da ararinha-azul na Caatinga, mas pode ter outros impactos socioambientais.
No
mês de maio o site (o eco) jornalsimo ambiental informou que “foi uma decisão
colegiada com MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)”, de
acordo o presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade), Mauro Pires.
Mais
sobre o caso
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) confirmou nesta quarta-feira (22/05) que o Brasil não irá renovar
o acordo com a Association for the Conservation of
Threatened Parrots (ACTP), um criadouro de aves da Alemanha,
que nos últimos cinco anos foi parceiro do governo brasileiro no programa
de reprodução e reintrodução da ararinha-azul em Curaçá, na Bahia – a
espécie é endêmica da região e foi declarada oficialmente extinta na natureza
no ano 2000.
“Durante este período, a parceria buscou realizar ações apoiando
a reintrodução da ararinha-azul (Cyanopsitta
spixii) no seu ambiente natural na caatinga brasileira. Por se
tratar de espécie endêmica, mas cuja população foi extinta na natureza
pelo comércio ilegal, houve grandes esforços no âmbito do acordo para construir
um centro de reprodução e aumentar o número de ararinhas-azuis transferidas ao
Brasil”, informou o ICMBio por e-mail ao Conexão Planeta.
Em
2019 foi assinado o acordo de cooperação técnica entre a ACTP e o Ministério do
Meio Ambiente. Todavia, as negociações para tal já ocorriam há alguns anos, com
um memorando de entendimento estabelecido em 2016 e um protocolo de intenções,
firmado em 2018, mesmo ano em que o jornal britânico The
Guardian publicou uma enorme reportagem, com sérias denúncias
sobre Martin Guth, proprietário da ACTP. De acordo com a matéria da época,
o alemão, preso durante cinco anos por crimes de extorsão e sequestro, poderia
ter envolvimento com o tráfico ilegal de aves.
Além disso, havia uma petição internacional, também de
2019, com mais de 50 mil assinaturas pedindo que o Bundesamt für Naturschutz,
Agência Federal para a Conservação da Natureza da Alemanha, investigasse a ACTP
e Martin Guth. (Foto: divulgação Zoológico de São
Paulo).
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