A
cidade de Jaguarari, no Norte da Bahia, tem sido palco de uma intensa atividade
sísmica nos últimos meses, com dezenas de tremores registrados somente em 2024,
de acordo com o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (LabSis/UFRN). No último dia 24 de julho, um tremor de 3,6 na escala
Richter foi sentido no distrito de Pilar, próximo a uma planta de mineração da
empresa EroBrasil Caraíba. O evento gerou apreensão entre moradores e
especialistas.
A
Sociedade Brasileira de Geologia (SBG), em conjunto com a Universidade Federal
da Bahia (UFBA) e a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), emitiu
uma nota técnica defendendo a paralisação das atividades de mineração em áreas
mais suscetíveis a esses eventos. A preocupação é com a possível relação entre
a atividade de mineração e os frequentes tremores, embora a empresa responsável
afirme que o epicentro do sismo está fora de sua área de atuação e em uma falha
geológica conhecida.
O
professor Anderson Nascimento, do LabSis, destacou que a sismicidade em áreas
de mineração subterrânea é comum e reforçou a importância de monitoramento
contínuo e estudos geológicos para proteger a região. A situação em Jaguarari
tem levantado a necessidade urgente de mais estudos para entender as causas dos
tremores e garantir a segurança da população local. (Fonte: UOL)
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