Times passaram por algumas das principais rodovias federais do país |
A tradicional Copa 2 de Julho de Futebol Masculino Sub-15 sempre foi marcada pela participação de equipes de fora do país ou de estados distantes da Bahia. Neste ano, duas equipes chamam a atenção não só pela distância entre suas cidades para a capital baiana, principal sede da competição, mas também pelo percurso que foi feito de ônibus para disputar um dos mais importantes torneios de futebol de base do país.
O Gavião
Kyikatejê, única equipe profissional indígena do país e sediada próximo a
Marabá, no interior do Pará, e o Bolívia 2022, que está localizado na cidade de
Santa Cruz de La Sierra, são os dois principais times neste quesito. Eles
percorreram juntos mais de 6 mil quilômetros para chegar em Salvador, onde
tiveram todos os custos da participação garantidos pela Superintendência dos
Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho,
Emprego, Renda e Esporte (Setre), que organiza o certame com apoio do
Ministério do Esporte, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) e a Federação
Baiana de Desporto de Participação (FBDP).
Gavião –
Os 20 atletas da delegação originária do povo Kyikatejê-gavião fizeram uma
viagem de ônibus de cerca de 42 horas e um total de 2.564 km, passando por
grandes estradas da região Norte e Nordeste do país, como a Transamazônica
BR-320; BR-407; BR-116; e BR-324, estrada que liga ao centro da capital baiana.
O trajeto
iniciou em Marabá pela rodovia transversal que corta a Amazônia brasileira e o
país ao Norte de leste a oeste. No Piauí, passaram pela BR-407 até ter acesso à
BR-116, rodovia nacional que corta o país de sul a norte, desde a fronteira com
o Uruguai até Fortaleza, no Ceará, passando por 10 estados brasileiros. O
último trajeto foi a famosa rodovia federal baiana – a BR-324.
Bolivianos – Enquanto
isso, os 19 jogadores mais três membros da comissão técnica do Bolívia 2022
fizeram uma viagem de 3.561 km, que durou mais de 50 horas. Eles partiram no
dia 28 de junho de Santa Cruz de La Sierra e cruzaram a fronteira da Bolívia
com o Brasil entre as cidades de Puerto Quijarro, na Bolívia, conhecido como
cemitério brasileiro, e de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde seguiram até a
capital Campo Grande pela BR-262.
No
Brasil, eles também passaram por grandes cidades, como Goiânia, Rio Verde,
Anápolis e Brasília pela BR-060, até adentrarem a Bahia pela BR-020 na divisa
com Goiás na cidade de Correntina, onde pegaram a BA-349 e, no caminho, outras
rodovias estaduais até a BR-116 e, posteriormente, a BR-342. No caminho, foram
necessárias paradas para almoço e jantar, além de paralisações por causa de
acidentes.
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