VALE EM FOCO

Aos conservadores, cristãos e juazeirenses de boa vontade


A cidade que nasceu às sombras da árvore que a nomeia, era uma espécie de Éden - mascates e tropeiros descansavam e ouviam as histórias dos índios Tamoqueus, Guaisquais e outras tribos da nação Cariri, nossos primeiros habitantes.

Também aconteceu com Juazeiro a mesma tentação que ocorreu aos nossos pais Adão e Eva: querer ser Deus. Querer ser grande, capital do vale, ou seja, uma referência de cidade - também pudera, com uma natureza tão vasta.

Depois de cair em tentação vêm as desgraças.

Porém, na busca por retomar o bom caminho, tentou-se profetas, heróis, professores, empresários, artista, garçom, vaqueiro, advogado, forasteiro, inúmeros líderes, mas nenhum deu a vida pelo povo - nem para aliviar suas dores, nem para realizar seus sonhos.

Na promessa do Gênesis, Deus disse que descendência da mulher e da serpente seriam inimigas. E no Apocalipse é contada como foi a batalha final dessa inimizade:

"3 E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças, sete diademas.

4 E a sua cauda levava após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho." Ap 12:3-4

No fim sabemos que o dragão perdeu.

E o que isso tem a ver com a política local?

Tudo.

O povo está assistindo ao teatro das pré-candidaturas a prefeito, a maioria de um lado só: Roberto Carlos, Isaac, Zó, Joseph Bandeira Andrei - faltam dois para completar as cabeças do dragão. Cada qual com sua coroa, com seu ego e com seus padrinhos políticos: ministro, presidente, governador, partido etc. 

Mais algumas coincidências: todos eles querem arrastar as estrelas juazeirenses, administrar os ganhos da cidade, ser reconhecido como o rei; almejam derrotar a mulher; E DESEJAM GARANTIR O DRAGÃO VERMELHO (PT) NO PODER.

Mas lembro que todos contribuíram para o desastre administrativo e político que vive a cidade.

Para o juazeirense fica a pergunta: será que Suzana é a mulher do Apocalipse de Juazeiro, que vencerá o dragão para a "salvação" do povo ou será ela mais uma cabeça do monstro que representa o diabo?

A resposta está na decisão da prefeita, de qual caminho seguirá: da luz ou das trevas.

Sérgio Martins - Professor de Ciências Políticas

 

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