No mundo da política tudo pode, até o improvável e
inadmissível, mas sempre há um limite para que o bom senso e a coerência não
deixem que as coisas vão para o campo do absurdo.
Em 2018, o ex-prefeito Isaac Carvalho era sabedor que
havia um impedimento legal para o mesmo ser candidato a deputado federal. Houve
várias conversas com o ex-governador Rui Costa, e por diversas vezes Isaac foi
a Salvador se reunir com a direção do PCdoB. Todos não vislumbravam
possibilidades legais de Isaac ser candidato.
Mas o ex-prefeito saiu candidato, numa campanha
milionária, conseguiu 105 mil votos.
Na tarde desta segunda-feira (13) o ex-prefeito
participou do programa de Geraldo José, durante a entrevista, um popular ligou
para perguntar ao ex-prefeito por que ele insistia em ser candidato, pois em
2018 ele disse que era elegível, e enganou o povo. “Ele está inelegível, vai
por cima da Justiça? E se ele ganhar vai assumir como?
Sem mais argumentos para falar sobre a sua condição
jurídica, o ex-prefeito cometeu o maior dos absurdos, atribuiu ao ex-presidente
Bolsonaro a razão de não ter exercido o mandato de deputado federal: “Hoje não
tem nada que nos impeça de ser candidato, naquela época o direito era bom, eu
acreditei. Fomos até o final e ganhamos, mas eu perdi na política, Bolsonaro
ganhou e cassou a minha liminar, nós perdemos na política”.
No mês de dezembro de 2018, antes do ex-presidente Jair
Bolsonaro assumir a presidência, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não
diplomou o ex-prefeito. A diplomação é um ato anterior a posse.
Enquadrado na Lei da Ficha Limpa depois de ter sido
condenado em segunda instância no Tribunal de Justiça da Bahia, Isaac Carvalho
foi considerado em 2018 inelegível pelo Justiça Eleitoral. Uma liminar
concedida por um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no entanto,
suspendeu temporariamente os efeitos do julgamento, garantindo sua
elegibilidade. A liminar foi cassada antes da diplomação.
Postar um comentário