A doação de
sangue é um gesto que pode salvar muitas vidas, mas os números revelam que
ainda há um longo caminho a percorrer para garantir um auxílio adequado aos
bancos de sangue do país. De acordo com dados de 2022, aproximadamente 1,4% da
população brasileira é doadora de sangue, o que equivale a 14 pessoas a cada
mil habitantes. Esse número resulta em um total de 3.159.774 milhões de doações
de sangue por ano no Sistema Único de Saúde (SUS).
Diante disso, jovens adventistas do Vale do
São Francisco se uniram em um ato de generosidade no último sábado, 02 de
março, respondendo ao chamado do projeto Vida por Vidas, que visa
conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. O evento,
realizado em parceria com os Hemocentros de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina,
Pernambuco, contou com a participação de aproximadamente 200 jovens da região.
Durante todo o dia, uma equipe de profissionais de saúde recebeu os doadores e realizou
a coleta.
“Sangue bom!”
A Igreja Adventista do Sétimo Dia promove um
estilo de vida saudável, conforme as escrituras bíblicas, o que contribui para
a qualidade do sangue doado. Os jovens que estiveram envolvidos no projeto não
consomem bebidas alcoólicas, não fumam e mantém uma alimentação balanceada,
fatores que garantem um sangue seguro para os pacientes que necessitam de
transfusões. "Os participantes estão engajados e nós temos a oportunidade
de conscientizar a comunidade, contribuindo para que os hemocentros tenham um
estoque adequado. Além disso, o sangue do jovem adventista é bom, pois é
purificado pelo sangue de Jesus e está livre de qualquer substância tóxica para
o organismo", explicou Arivaldo Cavalcante, pastor da Igreja Adventista.
O sangue doado é utilizado para salvar vidas
em diversas situações, como cirurgias, transplantes, acidentes e doenças
graves. No entanto, os bancos dos hemocentros brasileiros são frequentemente
insuficientes, o que coloca em risco a vida de milhares de pessoas.
"Campanhas como essa, que está sendo
realizada hoje, são importantes para repor nossos estoques. O Hemocentro sempre
enfrenta uma situação crítica devido à alta demanda. Há uma crescente
necessidade de transfusões para pacientes submetidos a diversas cirurgias,
especialmente cirurgias de grande porte na região. Além disso, temos pacientes
em tratamento de doenças oncológicas e hematológicas, como leucemia, linfoma e
mieloma, que dependem muito de transfusões durante as quimioterapias para
manterem-se estáveis e reduzirem o risco de mortalidade." pontuou o doutor
André Magalhães, médico do Hemocentro.
"Não
podemos produzir sangue de outra forma, dependemos da generosidade das pessoas.
Doar é um ato de altruísmo, humanidade e amor ao próximo, onde você doa parte
de si para salvar a vida de outra pessoa." concluiu o doutor.
Foto 1: Ivo Araújo
Foto 2: Lucas Marcelo
Foto 3:
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