“É um descaso com a saúde das nossas crianças”, a indignação ecoa pela boca de Cristina Torres da Silva, moradora do bairro Bela Vista em Sento Sé, que lidera um grupo de mães que lutam por um atendimento de saúde digno para seus filhos com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ela entrou em contato com a redação do Sento Sé Notícias para pedir ajuda e solicitar a reivindicação do fornecimento de materiais básicos e medicamentos no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Sento Sé, que há mais de 1 ano não possui estoque para atender às necessidades das crianças.
Lara Sophia, de 5
anos, é uma das crianças que sofrem com a falta de estrutura no Serviço de
Saúde de Sento Sé. As guias para consultas especializadas e terapias estão
atrasadas há mais de um ano, e o Ministério Público (MP-BA) já foi acionado por
ela para tomar providências, mas sem sucesso até o momento.
Em uma reunião
recente, cerca de 60 mães da sede e do interior de Sento Sé criaram um grupo no
WhatsApp para protestar contra a falta de atenção do poder público de Sento Sé.
O grupo destaca que muitas crianças autistas precisam de medicamentos
específicos, que são caros e não estão disponíveis. Além disso, a falta de
estrutura física e de profissionais especializados como psicólogos,
neuropediatras, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos dificulta o acesso a
um atendimento de qualidade, atrasando o desenvolvimento das crianças.
Miriã Umbuzeiro dos
Anjos, mãe de Pietro Emanuel, de 2 anos, que é autista nível 1, relata sua luta
para conseguir atendimento para o filho. Desde julho de 2023, quando o laudo de
autismo foi confirmado, ela tenta agendar consultas, mas sem sucesso. “Meu
filho precisa de acompanhamento multidisciplinar, mas até agora não conseguiu
atendimento com nenhum especialista. Já faz mais de um ano que as guias dele
estão na Policlínica e nada,” desabafa Miriã.
Falta de apoio e
reivindicação por direitos
As mães se sentem
desamparadas e reivindicam seus direitos. Elas pedem mais atenção do poder
público para a causa do autismo, com a garantia de atendimento especializado e
digno para todas as crianças. Elas clamam por mais atenção, respeito e
políticas públicas que garantam o direito de seus filhos a um desenvolvimento
pleno e feliz.
Encaminhamos a
situação para a Secretária de Saúde e aguardamos um posicionamento.
Da Redação – Sento
Sé Notícias
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