PAPO DIÁRIO: A mente e suas sensações

O Psicólogo nos passou orientações de como devemos agir sobre as novas, diversas e distintas, oportunidades pessoais e profissionais neste novo ano que se inicia.

Por Emaísa Lima papodiario30@gmail.com¹

O objetivo é que, por meio deste planejamento, nas seguintes áreas: pessoal, profissional, financeira, espiritual, comunitária (vida em/dentro da sociedade), o indivíduo possa viver o seu autoconhecimento, colocando em práticas, diárias, as ações que o permitirão ter mais autoconfiança, autoestima elevada, ter seus objetivos pessoais e profissionais claros, compreensão e perda do conceito de autossabotagem, combate a síndrome do impostor, otimização de habilidades, maior eloquência, ampliação do networking (rede de contatos) e ter o aumento da disposição física e mental.

Para falar mais sobre a mente do homem, que a coluna Papo Diário, trouxe o Coach na Área Comportamental; o Psicólogo Clínico e Especialista na área de Orientação Profissional; o Consultor em empresas como Psicólogo do Trabalho, com palestras na área comportamental, de saúde mental do trabalhador e de treinamento e desenvolvimento de pessoal; o Psicólogo; o Teólogo; o Professor e Instrutor, Consultor e Palestrante credenciado ao Serviço Social da Indústria (SESI) de Juazeiro-BA, Demetrius Gomes Correia.

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[PAPO DIÁRIO: PD] A Psicologia é a responsável por estudar sobre o comportamento e as funções mentais do homem, seja ele sozinho ou em sociedade. Porém, muitas pessoas da sociedade terminaram por romantizar e pensar: o psicólogo, apenas, fica sentado e o paciente no divã. Podes, por favor, nos explicar como o seu trabalho é realmente desenvolvido?

[DEMETRIUS GOMES CORREIA: DGC] A Psicologia tem diversas abordagens e cada uma delas atende de uma forma diferente. Mas todas elas, independente de como atende o paciente, tem como objetivo principal ajudar o sujeito a encontrar os caminhos para a dificuldade que está enfrentando. Além da abordagem, temos que entender que cada Psicólogo tem a sua particularidade na forma de conduzir o processo terapêutico. Na questão do divã, por exemplo, normalmente é usado por psicanalistas. No meu caso, a minha abordagem é psicanalítica, onde o terapeuta participa mais do processo e promove um número maior de intervenções e conduz o indivíduo nas reflexões e ações que o mesmo pode realizar no mundo interno e externo.

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[PD] Existe uma receita mágica, ferramentas ou dicas perfeitas para nos relacionarmos bem com as pessoas neste mundo?

[DGC] Não acredito em nada que se apresenta como uma receita pronta onde o ser humano realiza os “passos” e tudo acontece de forma mágica. Mas algo que aprendi nessa caminhada enquanto Psicólogo e Teólogo, é que o ser humano tende a colocar a culpa no outro pela dificuldade que ele tem de se relacionar. Reconhecer que o problema também está em nós e caminhar na direção do outro aceitando as suas limitações, certamente é o caminho mais curto para vivermos relações mais saudáveis. A ideia geral é: “na maioria dos problemas, nós somos o problema”.

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[PD] Ao seu ver, caso possas listar, por favor, quais o motivos que levam, boa parte das pessoas, a decidirem mudar de carreira e rumo em suas vidas pessoais/profissionais?

[DGC] Essa pergunta é muito abrangente e necessita de um suporte científico para que seja respondida de forma mais efetiva. Mas existem vários testes psicológicos e técnicas projetivas que ajudam nesse mapeamento do comportamento. A partir dessa melhor compreensão de como o sujeito age no mundo é que definimos a melhor forma de trabalhar com o mesmo para um desempenho melhor em todas as áreas da sua vida.

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[PD] Segundo o Médico-Psiquiatra, Flávio Gikovate, os hábitos, são nossas respostas padrões, aos comportamentos, não inatos, que se tornam repetitivos e fixos dos seres humanos. Podemos dizer que os vícios, compulsões, crises de comportamento, dentre outras situações, derivam destas nossas condutas diárias?

[DGC] Também, mas não é regra. Comportamentos normalmente são aprendidos, hábitos e crenças também. Mas o que precisamos compreender é que muitos dos nossos hábitos derivam das relações que vivemos durante toda a nossa existência (pai, mãe, pessoas significativas), que habitam em nós e muitas vezes determinam as nossas ações no mundo. Refletir sobre isso na terapia promove mudanças muito interessantes.

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[PD] O senhor, por favor, poderia nos dizer: Em que momento, causa, circunstância, de minha vida eu devo procurar um Terapeuta Ocupacional?

[DGC] Primeiro: eu não preciso ter um problema específico para buscar um Terapeuta. A terapia também cumpre uma função preventiva. Terapia é para todo mundo. Segundo: quando não conseguimos dar conta de situações que antes eram fáceis de resolver e agora são insuportáveis. Terceiro: quando a nossa Saúde Emocional começa a dar sinais de que as coisas não estão bem, tais como, ansiedade alta, agressividade, perturbações do sono, sentimentos depressivos, pensamentos suicidas, entre outros. Quarto: quando a maioria das coisas que antes faziam sentido para mim e agora não fazem mais. Quinto: quando os outros percebem que não estamos bem e nós insistimos em achar que não.

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[PD] Como lidar com esta geração de jovens, se possível dizermos, não apenas imediatista, mas que vive “alheia” a realidade e ficam presos em confusões sentimentais sem fim?

[DGC] Essa geração Y, ou Geração do Milênio, que nasceu após o ano 2000, dentro de uma profunda transformação tecnológica, não é apenas imediatista, mas com muitas dificuldades de lidar com a frustração. Eles querem de tudo e para agora. Destacam-se por terem acesso muito rápido ao conhecimento, mas também por perderem de vista a maioria dos valores que antes eram importantes para outras gerações. Essa constante mudança sem uma devida reflexão tem levado os jovens a querer “experimentar” de tudo, mas sem encontrar sentido para quase nada. Naturalmente os conflitos e as confusões se estabelecem, tanto no campo sentimental, como relacional, como também familiar.

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[PD] Em sua opinião, tanto pessoal quanto profissional, as pessoas tem consciência do poder da mudança que o autoconhecimento pode fazer na vida delas?

[DGC] Não! A redescoberta de si mesmo é algo extraordinário. Quando o ser humano passa a ser ele mesmo, as portas de relacionamento com o outro se abrem e o ser-para-outro deixa de ser apenas uma utopia para ser uma realidade. Não é conhecendo o outro que as coisas melhoram, mas é redescobrindo quem se é verdadeiramente.

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[PD] A Psicologia não se preocupa, apenas, com o papel das funções mentais do homem, mas também com os processos fisiológicos e biológicos que acompanham os comportamentos e funções cognitivas. É correto afirmar que é tudo um conjunto que se unifica?

[DGC] A Psicologia tem diversas abordagens e cada uma delas atende de uma forma diferente. Mas todas elas, independente de como atende o paciente, tem como objetivo principal ajudar o sujeito a encontrar os caminhos para a dificuldade que está enfrentando. Além da abordagem, temos que entender que cada psicólogo tem a sua particularidade na forma de conduzir o processo terapêutico. Na questão do divã, por exemplo, normalmente é usado por psicanalistas. No meu caso, a minha abordagem é Psicanalítica, onde o Terapeuta participa mais do processo e promove um número maior de intervenções e conduz o indivíduo nas reflexões e ações que o mesmo pode realizar no mundo interno e externo.

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[PD] O Psicoterapeuta, dentre outras atribuições profissionais, Carl Gustav Jung, afirma que "Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão de nós mesmos.", ao seu ver tal assertiva é verdadeira?

[DGC] Acredito nessa assertiva, mas como tudo na Psicologia tem um caráter subjetivo, seria um risco colocar como algo determinista. Mas se olharmos com cuidado, a maioria dos nossos comportamentos e ações no mundo, quando realizados pelo outro, principalmente as coisas ruins, tendem a ser muito criticadas. Talvez pelo fato de ser algo que nós também realizamos. Isso é só para pensar...

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[PD] Como combater a seguinte situação: A pessoa resolveu mudar de rumo, seja em sua vida pessoal e/ou profissional, porém, durante este caminho ela se perdeu e terminou sendo tomada por uma grande sensação de impotência somada a tristeza profunda?

[DGC] No espaço terapêutico o profissional da Psicologia vai tentar entender o que aconteceu nessa caminhada para ajustar aquilo que não deu certo e as razões de as coisas não terem acontecido. É muito aberta essa questão, mas as pessoas normalmente desistem por não conhecerem bem suas potencialidades e limitações. A partir do momento que eles compreendem melhor o que fazem e porque fazem, fica mais fácil entender o que acontece e porque acontece. Buscar ajuda profissional é o caminho.

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[PAPO DIÁRIO: PD] Nós gostaríamos, por favor, que você deixasse algumas dicas (curtas, breves, dinâmicas, rápidas e diretas), aos nossos leitores, sobre a importância, atualmente, de se ter com a mente do ser humano?

[DEMETRIUS GOMES CORREIA: DGC] Psicoterapia, relacionamentos saudáveis, ter sonhos e projetos de vida, resolver pendências que geram sofrimento, ter uma vida saudável com a prática de exercícios e boa alimentação, dormir bem e buscar fazer todas as coisas da vida com equilíbrio. A única coisa que você pode exagerar é no amor a Deus e ao próximo, como a si mesmo.

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¹O Papo Diário, semanalmente, terá o intuito de esclarecer, trazendo de uma forma mais dinâmica, leve e descontraída, assuntos que sejam relacionados à Área da Saúde, com profissionais especializados, por meio do uso de perguntas e respostas, fazendo com que os nossos leitores fiquem mais conscientes sobre este tema. Participe/colabore: papodiario30@gmail.com