VALE EM FOCO

PAPO DIÁRIO: O sutil caminhar das nossas emoções

A Enfermeira Empreendedora afirmou que a consciência de si é a base da mudança humana e para transformação de vida do homem, que deseja sair do estado de letargia e ir buscar algo bem melhor.

Por Emaísa Lima papodiario30@gmail.com¹

Você que está lendo este texto, querido leitor, por favor, pense e reflita: O que você tem feito, na prática, para alcançar o seu objetivo na vivência da sua vida? Todos os seres humanos, ou boa parte deles, tem problemas com o domínio de seus sentimentos, devem saber que o "controle" das emoções tem o intuito de conseguir atingir algum objetivo, na sua/nossa vida, e atualmente, pode ser considerado com um dos principais trunfos para o sucesso tanto pessoal quanto profissional.

Quão intensamente, com influência direta, em outras áreas de nossas vidas: humana, financeira, espiritual, comunitária (vida em/dentro da sociedade)? Nas quais, todas em unidade, moldam o homem como ser em completo! Fato que permite, por meio de uma análise e planejamento de metas, com que foquemos no nosso autoconhecimento, em saber lidar com os momentos desafiantes em nossa vida, na nossa carreira e na maneira em como convivemos com todo o distinto corpo social presente hoje.

O objetivo é que o indivíduo possa viver o seu autoconhecimento, colocando em práticas, diárias, as ações que o permitirão ter mais autoconfiança, autoestima elevada, ter seus objetivos pessoais e profissionais claros, compreensão e perda do conceito de autossabotagem, combate a síndrome do impostor, otimização de habilidades, maior eloquência, ampliação do networking (rede de contatos) e ter o aumento da disposição física e mental.

Para descobrir sobre como é ser um indivíduo emocionalmente inteligente, aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade, que o Papo Diário, trouxe a Enfermeira, formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF/Campus Petrolina), em 2010; a Especialista em Obstetrícia, que atuou como Coordenadora da Sala de Parto do Hospital Dom Malan Petrolina (2011-2014); trabalhou

também como Emergencista (obestetriz e geral) por atuação (2010 até 2018). Da mesma forma, foi Coordenadora do Setor de Controle de Infecção Hospitalar, Professora de Curso Técnico e uma Jovem Empreendedora no ramo de longevidade e rejuvenescimento, e atualmente, aluna de curso de Medicina, Thayrine Tavares.

[PAPO DIÁRIO: PD] O Enfermeiro é aquele profissional em que, no seu cotidiano, seja qual for a sua especialidade, presta ajuda os médicos e cuida dos pacientes. E os nossos leitores querem saber se está afirmativa é realmente verídica, no dia a dia, de um hospital?

[THARINE TAVARES: TT] O Enfermeiro é aquele profissional que possibilita a reabilitação de fato do paciente, sem o profissional Enfermeiro, nenhuma das atividades desenhadas pelo Médico seria posta em prática e para o cliente, somos o contato direto deles com a equipe e o seu tratamento.

Hoje já progredimos um pouco no que diz respeito ao reconhecimento do (a) Enfermeiro (a), tanto por parte da equipe, quanto por parte dos pacientes e acompanhantes. Mas o desvalor financeiro e social ainda são características que acompanham a classe.

[PD] À área da Enfermagem é conhecida por trabalhar sobre pressão e contra o tempo. Como lidar psicologicamente com estas duas vertentes?

[TT] Sim, de fato a Enfermagem lida diariamente com pressão e contra o tempo. Vivemos em uma realidade onde o olhar voltado ao cuidador é essencial. Afinal, cuidar do cuidador é o que diferencia em qualidade muitas unidades, mas ainda há a falta desta sensibilidade por porte dos empregadores.

Somos os profissionais que mais apresentam quadros ligados a estresse no trabalho (ex: Síndrome de Burnout [é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso.]) e se não ocorrer o freio dos agentes estressores, a tendência é da nossa estatística apenas aumentar.

[PD] A senhora já trabalhou em diversos lugares, aqui no Vale do São Francisco. E dentre todas as maneiras de sua atuação como poderias classificar “o ser Enfermeiro” em cada etapa?

[TT] O “ser Enfermeiro” se define bem na palavra: desafiador. Trabalhamos entre a decisão pela profissão, com base no valor inestimável da mesma que

enxergamos e uma realidade que muitas vezes nos coloca como partes de uma “produção em massa”.

Desejamos, diariamente, a Enfermagem próxima e voltada ao paciente, mas a realidade é de extrema burocracia e o máximo de cobranças de produtividade. Muitos de nós fazemos a diferença em suas realidades quando enfrentam estas estruturas, na tentativa de apenas ser o enfermeiro ao qual formaram para ser.

[PD] Sabemos que a Inteligência Emocional é bastante flexível, ao contrário do nosso Quociente de Inteligência (QI). E a medida que treinamos o nosso cérebro, construímos novos comportamentos emocionalmente inteligentes. Existe algo que pode trazer riscos, atuais ou futuros, neste novo processo de reconstrução?

[TT] Em um processo de reconstrução, arriscado seria desistir. Porque se você se propôs a mudar, foi porque algo te gerou incomodo o suficiente para tal, então desistir é abraçar o incomodo e aceitá-lo como um limitador permanente.

Costumo dizer que nossas lutas não possuem prazos definidos, não fazemos para ver se dará certo, fazemos até dar certo. Entendemos assim a que nossas realizações têm uma importância maior do que a escolha de simplesmente viver da mesma maneira.

[PD] O Coach é um profissional que lida com a alta performance do ser humano, buscando deixá-lo mais autorresponsável por si e por suas ações no mundo. Para que os nossos leitores possam entender: Vocês são os “Guias do Parque de Diversões”, se assim podemos compará-los, ou seja, pegam todas as emoções do homem, com todas as suas imaturidades e inconstâncias, e as deixam em linha reta e fecunda. Como você define naquilo que trabalhas?

[TT] Eu sou uma jovem curiosa pelo mundo do autodesenvolvimento, tanto pelo impacto positivo que isto gera primeiramente em minha vida/realidade, mas também por perceber o quanto posso ajudar as pessoas através disso.

Costumo dizer, desde que aprendi mais sobre o autodesenvolvimento e liderança, que o que eu vendo na verdade é: coragem. Em um mundo de “cabrestos”, a coragem é essencial/diferencial para as realizações.

[PD] O indivíduo, que evoluiu, é visto, a partir de agora, com a inclusão da vivência da sua realidade social, como um sujeito cheio de direitos e deveres, tanto só quanto no corpo social que habita. A partir desta afirmativa pode-se explicar como ele pode saber, ou não, lidar com tanta pressão, emoções, por todos os lados, as acumulando e se perdendo dentro si?

[TT] O próprio homem é o agente que gera a sua própria realidade. Não escolhemos a condição que nascemos, mas somos diretamente reesposáveis pelas condições que viveremos.

Partindo disso, somos agentes promotores ou não de mudanças, hoje vivemos uma realidade que Chaplin já previa, somos humanos querendo sugar humanos, enxergando o outro como produtores apenas.

Nós vivemos em uma sociedade de comportamentos doentis, a busca, hoje, é pela saúde mental, blindar a si, dentro do processo e se blindar para fazer mais do mesmo.

[PD] Em sua simples definição, a palavra “Empatia”, quer dizer que a pessoa vai tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo. Explicando de uma forma profissional: o porquê nós temos a obrigação de entender como “eu”, em meu posicionamento diante dos acontecimentos, me comporto diante do outro nas situações diárias pelas quais passamos?

[TT] Não seria uma obrigação, eu vejo como uma estratégia. Relacionar-me com o outro requer habilidades, assim como para o outro em relação a mim. As estratégias de ouvir e observar, me permitem entender um pouco mais sobre o outro e buscar até respostas para comportamentos que o desqualifiquem para mim.

Mas a partir daí, o meu comportamento pode ser facilmente balizado em busca do objetivo “x” que foi traçado anteriormente. Utilizo muito isso em meu ambiente de trabalho, até para que o diálogo e a realização das atividades tenha o máximo de aproveitamento dentro da equipe.

[PD] O Coach analisa o seu Coachee através do comportamento dele na vivência dos diversos e adversos acontecimentos vividos em sua vida. Se tivesse como listar, caso seja possível, quais as mudanças práticas, a senhora, já nota, neles, através da atual conduta comportamental deles?

[TT] O que percebo em minhas trocas é que a primeira reação é o incomodo, porque a nossa conversa mexe em locais que os motivaram a me procurar, mas que eles não gostam de tocar. E quando mexe desta maneira, sabemos que estamos no caminho correto.

Uma coisa é certa e deve ficar muito clara: todo o processo possui suas técnicas, a variável entre as melhores, e mais incríveis técnicas é a pessoa, todo processo só avança com o movimento pessoal.

[PD] Como lidar com esta geração de jovens, se possível dizermos, não apenas imediatista, mas que vive “alheia” a realidade e ficam presos em confusões sentimentais sem fim?

[TT] Entendo esta geração de agora como uma geração de mente facilmente criativa, mas que foi ensinada sobre um mundo de facilidades e fantasioso no que diz respeito às conquistas. São jovens que não entendem o “não” como o processo natural para as realizações e crescimento e enxergam nisso uma derrota/fracasso absurdo.

Lamento em diariamente ver isso, principalmente, porque os pais não se vêm como agentes nocivos do processo, porque acreditam veementemente que abastecer de coisas materiais é o suficiente em uma criação de sucesso.

O primeiro passo, eu acredito que seja colocar estes jovens em oportunidades de trocas de experiências, principalmente, com jovens da mesma idade em situações não tão favorecidas, colocar em contato com pessoas que superam desafios reais diariamente e tirá-los das bolhas em que vivem e entender que a dor do não é uma possibilidade de aprendizado.

[PAPO DIÁRIO: PD] Nós gostaríamos, por favor, que a senhora deixasse algumas dicas (curtas, breves, dinâmicas, rápidas e diretas), aos nossos leitores, sobre a importância de se aproveitar a vida?

[THARINE TAVARES: TT] Neste desfecho da entrevista, gostaria de deixar um questionamento: o que você faz hoje, daqui a 5 anos te trará as evoluções, conquistas e realizações que você tanto deseja?

Se sim, busque cada vez mais habilidades para dar o seu melhor diariamente. Se não, se permita algo novo, medo é para ser ‘protetivo’ e não um ‘boicotador’ do nosso sucesso.

Ouse, arrisque, acredite e como Steve Jobs falava: “seu tempo é muito limitado, então não o desperdice vivendo a vida dos outros“. Realize por você e pelos que você ama, faça, lute saia da caixa, não existem realizações na zona de conforto.

¹O Papo Diário, semanalmente, terá o intuito de esclarecer, trazendo de uma forma mais dinâmica, leve e descontraída, assuntos que sejam relacionados à Área da Saúde, com profissionais especializados, por meio do uso de perguntas e respostas, fazendo com que os nossos leitores fiquem mais conscientes sobre este tema. Participe/colabore: papodiario30@gmail.com.

 

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