VALE EM FOCO

Desrespeito na UPA de Gravatá: Médica Aline Melissa foi coagida e ofendida pelos vereadores Bruno Sales e Gil Dantas, durante plantão na unidade de saúde.

 


Médica é agredida verbalmente por vereadores durante a atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Gravatá

 

Por volta das 20h, a médica plantonista Aline Melissa foi verbalmente agredida por dois vereadores durante atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Gravatá, agreste pernambucano.

O episódio de desrespeito aconteceu porque os vereadores queriam fazer a transferência de uma paciente com suspeita de AVC em uma ambulância de um dos vereadores sem equipe necessária para a remoção.

 

Entenda o caso:

A paciente em questão, deu entrada na UPA por volta das 13 horas, com a suspeita de AVC, a médica plantonista indicou uma transferência para outro hospital da rede pública. No entanto, a família solicitou transferência para um hospital de rede particular. Para essa transferência acontecer seria necessário que os familiares realizassem a solicitação com o plano de saúde da paciente.

Por volta das 18h, os vereadores Bruno Sales (camiseta bege ao telefone) e Gil Dantas (homem de branco em frente a médica) foram para a unidade a pedido de familiares da paciente. Já na unidade, solicitaram a retirada da mulher em veículo particular adaptado como ambulância, sem nenhuma garantia de equipe mínima necessária. Sendo recusada a solicitação, o vereador Bruno Sales levantou a voz para a plantonista e, durante 8 minutos, a coagiu e ofendeu, como relata a médica:

“Eles entraram na minha sala para conversar comigo, já chegaram um pouco exaltados, eu pedi para aguardarem porque eu estava em um atendimento médico de urgência, eram pacientes de vermelha (sala), pacientes graves que estavam em uso de oxigênio, pacientes que precisavam de suporte, inclusive dois dos pacientes precisaram também de transferência. Quando sai para conversar com os dois vereadores, fui surpreendida pois eles já começaram a levantar a voz. Os dois vereadores chegaram com uma ambulância totalmente desestruturada, desequipada, não tinha nem o mínimo de suporte de oxigênio, não tinha equipe, técnico, enfermeiro, não tinha médico e queriam transportar uma paciente que estava sonolenta, que teve um episódio de desmaio, desorientada, com suspeita de AVC. Queria me coagir a aceitar essa transferência”.

 

Após a confusão, o filho da paciente se desculpou com a médica.

 

A paciente continuou recebendo cuidados médicos na unidade e, por volta da 22h, foi transferida para um hospital particular em Recife, com a ambulância do convênio da mesmo.

0 Comentários

Postar um comentário

Deixe seu Comentário (0)

Postagem Anterior Próxima Postagem