Nesta
quinta-feira (29/06), Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e enfermeiros
interditam trecho da Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao Hospital da
Restauração, no Recife, para marcar o primeiro dia de greve por tempo
indeterminado em defesa do piso salarial, aprovado por meio da Lei 14.434/2022.
No período da noite, será realizada uma vigília, no mesmo local,
às 18h. Também haverá uma assembleia virtual, às 20h, para discutir as
próximas atividades do movimento paredista.
A atividade, que faz parte de uma mobilização nacional, tem o objetivo de
protestar contra a tentativa de "desconfiguração" da Lei do
Piso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pressionar o governo federal em
agilizar os repasses das verbas para o pagamento do piso.
Para esta sexta-feira (30/06), está programada uma caminhada. A concentração
será na Praça do Derby, no Recife, a partir das 8h. Os trabalhadores sairão
pela Avenida Agamenon Magalhães e percorrerão por toda a Avenida Conde da Boa
Vista até o Palácio do Campo das Princesas.
Segundo o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de
Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, a atividade foi uma
demonstração de que houve grande adesão da categoria da Atenção Básica como dos
hospitais. Segundo ele, as organizações sindicais estão unificadas para
garantir uma participação histórica dos profissionais ao movimento grevista.
"Depois da pandemia da Covid-19, quando inúmeros colegas foram mortos no
combate ao vírus, toda a sociedade reconhece na enfermagem como verdadeiros
heróis e heroínas. Enquanto isso, apesar da aprovação da lei do piso da
enfermagem, juízes do Supremo Tribunal Federal, os patrões do setor privado,
prefeitos e governadores tentam impedir a tão sonhada valorização através do salário
digno aos trabalhadores. Não nos curvaremos. Seguiremos firmes na luta até que
a lei seja efetiva", ressaltou.
EFETIVO - Com a paralisação das atividades laborais, a orientação é que o
efetivo nos postos de saúde, ambulatórios e policlínicas que não funcionam 24h
fique parado de forma integral. Enquanto nos setores de média e alta
complexidade (hospitais, clínicas, caps e policlínicas que funcionam 24h), além
de urgência e emergência, SAMU, UTI, bloco cirúrgico e CME, preste atendimento
apenas 50% do efetivo.
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