No dia 6 de junho é celebrado o Dia Nacional do Teste Pezinho, que deve ser realizado nos primeiros dias de vida |
Disponível no SUS (Sistema Único de Saúde)
gratuitamente, o teste do pezinho pode transformar vidas. A indicação é que o
teste, que consiste em tirar algumas gotas de sangue do calcanhar do bebê, seja
feito entre o 3º e o 5º dia de vida.
“O teste do pezinho
permite o diagnóstico precoce de doenças que, se tratadas, não vão trazer
prejuízos à criança”, alerta a médica pediatra e professora do IDOMED, Sandra
Coenga.
O teste pode ajudar no
diagnóstico precoce de doenças endócrinas, metabólicas e enzimáticas, como
hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme, aminoacidopatias,
fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
“Sempre
reforçamos a importância da família não deixar de fazer esse teste. O
diagnóstico precoce pode ser determinante no tratamento das patologias. Quando
há também o tratamento precoce, a criança pode crescer sem nenhum problema”,
ressalta a médica.
Sandra Coenga cita, como
exemplo, casos de hipotireoidismo congênito. “Quando a doença é diagnosticada
com a doença e recebe o hormônio tiroidiano logo, vai se desenvolver de maneira
igual à uma criança que não tem essa deficiência”, explica.
Em 2021, foi sancionada a lei que amplia a
detecção de doenças pelo teste do pezinho. Quando toda a ampliação for
implantada, serão 53 doenças que poderão ser diagnosticadas a partir das
gotinhas de sangue dos recém-nascidos.
A legislação prevê que a
ampliação deve ser gradual, sendo que, na primeira etapa, o teste do pezinho
continua detectando as seis doenças, ampliando para a testagem de outras
relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à
hemoglobina (hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para
toxoplasmose congênita.
Na
segunda etapa, devem ser incorporadas as testagens de galactosemias,
aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da
betaoxidação dos ácidos graxos.
A
terceira etapa prevê a detecção de doenças lisossômicas e a quarta, de
imunodeficiências primárias, enquanto na quinta e última etapa passa a ser
testada a atrofia muscular espinhal.
Em
todo o país, o teste está disponível em mais de 28 mil lugares, de acordo com o
Ministério da Saúde. A recomendação é que, se não sabe onde fazer, a família
procure uma unidade de saúde. “Se os pais do bebê têm dúvidas, eles podem
procurar uma Unidade Básica de Saúde. O importante é não deixar de fazer o
exame, pois a detecção tardia das doenças pode deixar sequelas”, finaliza a
pediatra.
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