Rio de Janeiro, junho de 2023 - A
febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato estrela e causada pela
bactéria Rickettsia, já contabiliza 49 casos e seis óbitos no Brasil neste ano.
O Ministério da Saúde está monitorando a situação de perto. De acordo com o Dr.
Luiz Werber-Bandeira, imunologista e professor do IDOMED, a febre maculosa não
é transmitida por contato entre pessoas. Os sintomas começam a se manifestar
após a picada do carrapato e incluem dor de cabeça intensa, febre alta, dores
no corpo, vermelhidão no local atingido, calafrios e, em casos mais graves,
paralisia dos membros afetados. Em estágios avançados da doença, podem ocorrer
inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e nas solas dos pés, além de
diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal e gangrena nas orelhas e nos dedos.
“O diagnóstico precoce da febre maculosa é desafiador, pois
os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de outras doenças, como
hepatite viral, dengue e leptospirose. Por isso, é importante informar ao
médico se houve exposição a áreas onde carrapatos possam estar presentes, como
trilhas, fazendas, florestas e matas, para facilitar o diagnóstico adequado”,
comenta Dr Luiz Welber-Bandeira.
O especialista destaca que a prevenção da febre maculosa está
relacionada à redução do contato com carrapatos. Recomenda-se o uso de roupas
claras, que facilitam a visualização dos carrapatos, além de botas, calças
compridas e blusas de mangas compridas ao circular por áreas gramadas ou
campos. Evitar pisar em locais com grama alta e aplicar repelentes de insetos
também são medidas preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde. Caso um
carrapato seja encontrado no corpo, deve-se removê-lo com uma pinça,
priorizando a rapidez para diminuir o risco de contrair a doença. A área
afetada deve ser lavada com água e sabão ou álcool. É importante ressaltar que
não se deve apertar ou esmagar o carrapato durante a remoção.
“Sobre o
tratamento, o Ministério da Saúde enfatiza que a febre maculosa é curável
quando os antibióticos são administrados nos primeiros dois ou três dias da
doença. Em alguns casos, a hospitalização pode ser necessária, e a terapia
recomendada tem a duração de sete dias, podendo ser seguida por mais três dias
após o desaparecimento da febre. O diagnóstico tardio pode levar a complicações
graves, afetando o sistema nervoso central, os vasos sanguíneos, os pulmões e
os rins, e resultar em óbito”, pontua Dr. Luiz Werber-Bandeira
Assessoria Edusaude
Postar um comentário