Maio é o mês de aniversário da
Cia Biruta de Teatro e, para comemorar seus 15 anos, o grupo vem preparando o
espetáculo “História Lacrimogênica de Cordel – ou A Hora da Estrela”. O novo
trabalho é uma adaptação do romance “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector,
para o teatro de rua e a previsão é que seja apresentado em praças públicas da
periferia e zona rural de Petrolina no mês de julho.
A
Biruta iniciou a montagem da peça em julho de 2022, com ensaios regulares, mas
o processo criativo foi iniciado muito antes. “O projeto, aprovado pelo edital
Funcultura Geral 2022/2023, é resultado da nossa pesquisa e investigação sobre
as máscaras, o teatro popular e a obra clariceana. Um processo que vem contando
com contribuições importantes, com a do professor Érico José, da Universidade
de Brasília, do ator e dançarino Fábio Soares (Recife/PE) e do grupo Teatro de
Retalhos (Arcoverde/PE) que vêm participando da nossa preparação,
transformando-a em um campo fecundo de aprendizados e trocas de experiências”,
conta a atriz Cristiane Crispim.
No espetáculo, os atores
encarnam a autora em um jogo de mascaramento. “A dramaturgia propõe uma relação
de espelhamento e duplo paródico entre as personagens da história e a própria
Clarice Lispector, enquanto autora também ficcionalizada, por trás de toda
criação. Na peça, a protagonista, Macabéa, não é capaz de falar de si, sua voz
é inventada pela autora e as questões mais profundas de sua existência são
comentadas por ela” revela o ator, dramaturgo e diretor teatral, Antonio
Veronaldo, que assina a direção do espetáculo.
Além de Cristiane Crispim e Antônio Veronaldo, o espetáculo conta
com Juliano Varela no elenco, Camila Rodrigues na assistência de direção e
figurino criado por Letícia Rodrigues.
A Hora da Estrela
A Hora da Estrela conta a história tragicômica de uma nordestina
chamada Macabéa. Uma moça pobre que nasceu e se criou no interior de Alagoas e migrou
para o Rio de Janeiro aos 19 anos, onde conseguiu um trabalho de datilógrafa.
Cia Biruta de Teatro
No catálogo de espetáculos já
encenados pela Biruta estão as montagens de “Maria Minhoca” e “O
Mágico de Oz”, que deram projeção para o grupo no Vale do São Francisco e em
outras regiões, além de “Chico e Flor contra os monstros da Ilha do Fogo”,
“Processo Medusa” e “Cenas Ribeirinhas”, que deram reconhecimento ao grupo.
Em 15 anos de história,
a Cia Biruta também acumula na bagagem produções audiovisuais,
participações em festivais, prêmios, e intercâmbios com grupos
de teatro nacionais e internacionais. Entre as experiências mais
marcantes estão a realização encontro Pontes Flutuantes, com a participação de
Eugênio Barba e Julia Varley, ambos integrantes do grupo dinamarquês Odin
Teatret, a produção do curta-metragem ‘Chico e Flor – A lenda do Rio Opará’, e
a premiação por Iniciativas Culturais nas Comunidades/Periferias - LAB PE 2021,
recebida pelo trabalho que o grupo realiza na periferia de Petrolina.
Este ano, com a comemoração ao
seus 15 anos, o grupo já estreou o espetáculo “Notícias do Dilúvio – um canto a
Canudos”, que narra acontecimentos de Canudos, através da presença das mulheres
na guerra, e segue com os preparativos para a estréia de “História
Lacrimogênica”, além do lançamento de uma nova temporada de “Chico e Flor”.
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