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Bispo Dom Beto Reis defende comunidades afetadas por mineradora em Sento Sé

 

Desde 2019, onze comunidades do município de Sento Sé, no sertão da Bahia, estão enfrentando problemas com a implantação e exploração de minério de ferro na área. O Bispo da Diocese de Juazeiro, Dom Beto Reis, presente na procissão de São José, padroeiro de Sento Sé encerrou o evento ontem (19) defendendo as comunidades afetadas pela empresa mineradora Tombador Iron, que segundo os moradores, estão sendo tratadas como "não pessoas, mas como bichos".

 

Durante sua estadia no município de Sento Sé, o bispo tirou um dia inteiro para ouvir relatos dos moradores das comunidades de Aldeia, Pascoal, Limoeiro e Tombador, que enfrentam dificuldades causadas pela presença da mineradora. Ele se solidarizou com a situação das pessoas e lembrou dos casos de Brumadinho e Mariana, onde barragens de rejeitos se romperam e causaram a morte de centenas de pessoas, além de famílias que ainda não foram indenizadas.

 

Durante seu discurso, o Bispo criticou a ausência de representantes do órgão legislativo e da chefe do executivo na manifestação das comunidades afetadas. Ele pediu que as comunidades permaneçam vigilantes e não acreditem em versões "oficiais" ou de pessoas que lucram com a situação.

 

As comunidades tradicionais, composta por ribeirinhos, pescadores e agricultores, também relatam que o tráfego pesado na rodovia tem afetado a saúde dos moradores e aumentado o número de acidentes.  Além da preocupação com os possíveis impactos ambientais da mineração a céu aberto no rio São Francisco, que é uma importante fonte de subsistência para a pesca e produção de alimentos.

 

A presença do bispo nas comunidades afetadas pela mineradora em Sento Sé, destaca a importância de ouvir a voz das pessoas que sofrem com esses problemas e aponta para a necessidade de ações concretas para proteger e defender seus direitos. As comunidades afetadas continuam lutando por justiça e esperam que suas demandas sejam atendidas pelas autoridades competentes.

 

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