O candidato a governador ACM Neto (União Brasil)
reafirmou o compromisso de recriar a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário
(EBDA), que foi extinta na gestão do seu adversário, Jerônimo Rodrigues (PT),
quando era secretário estadual de Desenvolvimento Rural. Desde então, milhares
de agricultores familiares foram prejudicados pela falta de assistência
técnica, que era fornecida pela companhia, assim como o estado deixou de
realizar pesquisas para o desenvolvimento de novas tecnologias na agropecuária.
O Diário Oficial do Estado (DOE) publicado em 24 de
setembro de 2016 mostra que Jerônimo Rodrigues assinou o decreto Nº 17.037,
responsável pela extinção e liquidação da EBDA. O documento foi apresentado aos
eleitores no segundo programa de TV de ACM Neto neste segundo turno, que também
trouxe casos de agricultores familiares baianos que foram prejudicados pelo fim
da empresa pública, que tinha 50 anos de atividade.
“Eu, sendo eleito, assumo aqui o compromisso de recriar a EBDA. Vamos trazer de
volta a empresa pública que apoiava o agricultor. Vamos restabelecer o suporte
técnico. Vamos pegar o técnico e colocá-lo no interior, na zona rural, para que
ele ensine, principalmente agregando isso às novas tecnologias. Para que,
assim, a gente possa ampliar a produção da agricultura familiar e, sobretudo,
assegurar que você, pequeno produtor, tenha condições de vender mais. Essa é a
forma da gente incluir milhões de pessoas na economia ativa da Bahia, tirando
baianos da pobreza e da miséria. Oferecendo a essas pessoas oportunidade de
vida”, afirmou ACM Neto no programa.
A EBDA atendia 316 mil agricultores familiares. O fim da
empresa levou ao desligamento de quase 1.200 técnicos e pesquisadores com
atuação nos 417 municípios da Bahia e seus diferentes biomas: “A demissão
levará à perda do conhecimento técnico e metodológico, acumulados pelos
profissionais ao longo de muitos anos, com a prática e com os processos de
capacitação e de especialização”, protestou à época José Ricardo Roseno,
presidente da Asbraer (Associação Brasileira das Entidades Estaduais de
Assistência Técnica e Extensão Rural).
O episódio traz imagens de equipamentos da EBDA que estão
abandonados desde 2015, além do exemplo de Dona Lucineide, agricultora familiar
que vive no semiárido baiano. “A gente se acaba de trabalhar aqui e tem pouca
coisa. Se o governo estivesse mais próximo da gente, a gente ia prosperar.
Antes a vida da gente era outra coisa, porque antigamente tinha várias reuniões
da EBDA. Eles ensinavam a fazer horta, ensinavam a dar remédio para as ovelhas,
ensinava a criar galinha”, relata.
Ascom PMJ
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