O caso Deliane Feitosa da Silva, 31, anos, mãe de cinco filhos,
que no dia 10 de junho deu entrada no Hospital Materno Infantil de Juazeiro,
administrado pela Prefeitura, para a realização de uma curetagem e que, até a
presente data (15/08), passados um mês e cinco dias continua internada,
recuperando-se, toma rumos diferentes.
A Prefeitura, apesar de negar-se a fornecer o laudo à mãe e ao
pai, afirma insistentemente que a responsabilidade seria da médica que realizou
o procedimento. Obtido o laudo, com orientação de um advogado, sabe-se agora
que um exame solicitado, capaz de detectar a origem do sangramento e que foi
razão da interrupção da curetagem, não foi autorizado pela Secretaria de
Saúde.
No sentido contrário, o plantonista que atendeu Deliane Feitosa no
Hospital Dom Malan, na madrugada do dia 12, para onde foi transferida sem
conhecimento da família, em primeiro lugar, solicitou o mesmo exame.
Do Hospital Dom Malan, onde foi deixada, sem que lá houvesse um
cirurgião que pudesse realizar a cirurgia, Deliane veio para o Hospital
Regional, onde se encontra.
A família, mãe, pai, amigas e amigos, que não obtiveram nenhum
contato com a Prefeitura, resolveram levar o caso adiante.
Gilvan Alberto, com o apoio da mãe, Maria da Paz, da cunhada Sonia
Neri, de amigos e amigas da Deliane e pessoas comprometidas com a verdade,
inconformado com o descaso, acionou os órgãos de comunicação e um advogado que
pudesse encaminhar o necessário processo, a punição e a indenização pelos males
causados a uma mãe de família.
Lamentando que o caso tenha causado problemas para a “família
real”, Gilvan lembrou que se houve acordo ou ajuda não foi com a mãe, o pai e
para os filhos de Deliane e que o Grupo que representa “A Corrente do Bem”
ainda hesitou em contribuir pois a prefeitura afirmava categoricamente que
estava dando todo apoio à família.
“Ficou assim uma nuvem escura, porque a mãe e os quatro filhos não
recebem esse benefício que a prefeitura diz que está dando”
Neste início de semana, depois de ir à Promotoria, Gilvan Alberto,
diz que o descaso da Secretaria, foi levado ao Ministério Público e que espera
que o descaso com o pedido da médica, que teria poupado sofrimento à Deliane e
à família, seja devidamente punido.
Manoel Leão
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