Integrando diversas cadeias
produtivas verdes, como reflorestamentos, créditos de carbono, bioindústrias e
produção de energia solar em redes descentralizadas, o pioneiro Lab propõe um
modelo econômico inovador que interliga produtores rurais, empresas de todos os
portes, universidades, governos e organizações não governamentais, visando
reverter mudanças climáticas, capacitar, fortalecer comunidades e elevar renda.
Construir novos modelos de
desenvolvimento para restaurar ecossistemas, recompor o equilíbrio climático,
fortalecer diversidades e eliminar desigualdades, tudo ao mesmo tempo e
rapidamente, são objetivos dos Labs de Economia Regenerativa do Projeto HidroSinergia
(hidrosinergia.org),
iniciativa do Centro Brasil no Clima – CBC, com apoio do Instituto Clima e
Sociedade – iCS e rede de parceiros nacionais e internacionais. “Essa
transformação, com visão sistêmica, exige novos desenhos institucionais
profundamente inclusivos, políticas públicas
sociais-educacionais-econômicas-ambientais interconectadas e, sobretudo,
cadeias econômicas comprometidas com práticas regenerativas, impulsionando
capacitações, empregos e fortalecimento de comunidades”, resume o articulador
do CBC e desenvolvedor do projeto, Sérgio Xavier.
Os pioneiros Labs estão conectando
instituições multissetoriais - academia, governos, empresas, organizações não
governamentais e representações comunitárias – visando criar inéditos arranjos
que interligam cadeias produtivas de reflorestamentos, crédito de carbono,
energia renovável, biofábricas, agroecologia, conservação hídrica, tecnologias
digitais, mobilidade carbono-neutro e sistemas circulares (indústrias reversas
de reciclagem), entre outras atividades econômicas sustentáveis, formando um
forte sistema regenerativo e inclusivo.
Para cada cadeia produtiva, como
geração solar distribuída, por exemplo, é criado um consórcio com parceiros
especializados, financiadores e patrocinadores, e desenvolvido um modelo
colaborativo de implantação, tendo como base cooperativas locais e
auto-sustentação financeira. O modelo possibilita intercâmbio permanente de
conhecimentos, junção de forças, integração de recursos e aceleração de
processos, visando otimizar oportunidades e obter resultados rápidos,
inclusivos e consistentes.
“Consórcios estruturadores, com alta
qualificação, e cooperativas agregando esses diversos eixos, compõem a base do
modelo, possibilitando interligar conhecimentos; fortalecer negócios
comunitários; promover ecoeficiência, harmonizando fluxos produtivos com ciclos
naturais; viabilizar larga escala e equilibrar relações entre empresas grandes
e pequenas, governos e comunidades, canais financiadores nacionais e
empreendedores locais. O modelo equaliza forças, formaliza mediações e empodera
os mais frágeis, propiciando, na prática, reduzir desigualdades de forma
estruturada e com visão sistêmica”. destaca Sérgio Xavier.
O Lab de Economia Regenerativa do São
Francisco é similar ao modelo que o Consórcio Noronha Pelo Planeta – composto
por CBC, InterCidadania, SinsPire e Circularis, está implantando na ilha de
Fernando de Noronha, com apoio da Administração do arquipélago (governo de Pernambuco)
e grande patrocínio da empresa Ball Corporation, líder global em fabricação e
reciclagem de latinhas de bebidas. Com 100% de investimentos privados, o Lab de
Economia Circular Regenerativa de Noronha também tem participação da Ambev,
Minalba, Novelis, Neoenergia, Renault e da Gol – empresa aérea que compensa as
emissões de carbono de todos os seus voos para a ilha (primeira rota carbono
neutro do Brasil).
PRIMEIRA COOPERATIVA DE CARBONO
SOCIAL
A primeira Cooperativa de Crédito de
Carbono Social, criada recentemente no bioma Caatinga, no âmbito do Lab de
Economia Regenerativa do Rio São Francisco (nas divisas dos estados de Alagoas,
Bahia, Pernambuco e Sergipe), é um exemplo dessas inovações. “É um passo muito
importante para a valorização, reconhecimento e preservação da Caatinga e para
o desenvolvimento de uma economia adequada ao bioma", enfatiza o
presidente eleito da nova organização, Haroldo Almeida.
Nos seus passos iniciais, com apoio
do Projeto HidroSinergia e Plano Nordeste Potência (https://bit.ly/3dOYeBo)
a cooperativa está realizando levantamento do estoque de carbono das áreas
preservadas dos associados; modelando o cálculo de captura de carbono,
agregando valor social e mecanismos de justiça climática; mapeando áreas
desmatadas para regeneração; construindo modelo colaborativo de gestão dos
créditos de carbono; articulando compradores de créditos de carbono e de
serviços ambientais, comprometidos com o desenvolvimento inclusivo e
regenerativo do bioma; e estudando eixos de Economia Regenerativa, visando
geração sustentável de renda e empregos verdes. Entre esses eixos: rede
cooperativa de produção de energia solar, sementeira para produção e plantio de
espécies nativas, ecoturismo, escolas de sustentabilidade e sistemas integrados
de reciclagem, com sistemas digitais.
HIDROSINERGIA O Projeto
HidroSinergia (hidrosinergia.org), tem 4 objetivos interligados: (1)
Expansão harmônica das energias renováveis, fortalecendo a economia do
semiárido, protegendo a Caatinga e melhorando a qualidade de vida das
comunidades locais. As usinas solares e eólicas não usam água, não emitem gases-estufa
e podem otimizar o uso dos reservatórios das hidrelétricas, possibilitando
aumentar a vazão média e a recuperação hidroambiental do rio São Francisco. Mas
precisam cumprir rigorosamente compromissos ESG e contribuir com empregos
qualificados, redução de desigualdades e a regeneração do bioma da região; (2)
Reflorestamentos, agregando créditos de carbono social, integrados com a
regeneração hidroambiental do rio São Francisco, aumentando segurança hídrica
para múltiplos usos da água; (3) Desenvolvimento da cadeia produtiva do
Hidrogênio Verde (H2V) para substituir combustíveis fósseis. O Nordeste reúne
excelentes condições para produção, aplicação e exportação desse combustível,
obtido na separação do H2 do O da água, usando energia renovável, e que emite
apenas vapor d’água em vez de poluentes. Somando as oportunidades de geração
solar e eólica no interior e a produção de H2V nos polos industriais do litoral
é possível gerar empregos qualificados e desenvolvimento econômico, de forma
equilibrada, em toda a região; (4) Redução de desigualdades, planejando a
implementação dos projetos e as capacitações profissionais, qualificando as
comunidades para os empregos previstos na expansão estruturada das energias
renováveis e diversas oportunidades associadas.
PLANO NORDESTE POTÊNCIA O Plano
Nordeste Potência é construído por quatro organizações civis brasileiras:
Centro Brasil no Clima - CBC, Instituto Climainfo, Fundo Casa Socioambiental e
Grupo Ambientalista da Bahia – Gamba, com apoio do Instituto Clima e Sociedade
- iCS. O objetivo é promover o debate público sobre a recuperação econômica
pós-pandemia no Nordeste sob bases verdes, justas e inclusivas, em um sistema
que traga benefícios para todos os estratos da sociedade. Outras informações
sobre o Plano Nordeste Potência, assim como o acesso aos principais estudos e
análises, podem ser obtidos em www.nordestepotencia.org.br
Assessoria de Comunicação
HidroSinergia:
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