No próximo dia 29 de agosto será celebrada uma importante
data no calendário de saúde, o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Os males
causados pelo consumo do tabaco são muitos, como diversos tipos de câncer,
infarto, AVC, impotência sexual, DPOC (Doença Pulmonar Crônica), entre outros.
É preciso lembrar que uso de cigarro eletrônico, também conhecido como Vape,
pode ser tão prejudicial quanto o cigarro tradicional.
A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata
mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam
do uso direto do produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é resultado de
não-fumantes expostos ao fumo de forma passiva.
Daniel Messias Martins Alves Neiva, pneumologista e
professor da faculdade de Medicina Estácio, que é vinculada ao Instituto de
Educação Médica (IDOMED), explica que o tabagismo é uma doença crônica não
transmissível, causada pela dependência do usuário à nicotina presente nos
cigarros. “Essa dependência integra o grupo de transtornos mentais,
comportamentais ou de neurodesenvolvimento e o tratamento varia de acordo com o
perfil de cada paciente. Entretanto, ter conhecimento sobre os danos causados à
saúde pelo uso do tabaco não basta. É preciso consciência de que o tabagismo se
trata de uma doença e que é necessário investir em tratamento adequado, que
muitas vezes, é multidisciplinar”, explica.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece aos
tabagistas, através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT),
acompanhamento e tratamento para a dependência. Por meio do programa, diversas
ações são geradas para reduzir a aceitação social do tabagismo.
Tratamentos
Vale destacar que existem dois tratamentos disponíveis:
os medicamentosos, que ocorrem através da reposição de nicotina (por adesivo
transdérmico ou goma de mascar) e da utilização do cloridrato de bupropiona. Já
os não medicamentosos são focados no comportamento, condicionamento e promoção
da saúde.
É importante que o tabagista procure ajuda médica, pois,
com ajuda profissional, as chances de recaída e abstinência são menores. Saulo
Batista é coordenador do curso de psicologia da Estácioe afirma que,
atualmente, há terapias baseadas em pesquisas científicas muito eficazes no
combate ao tabagismo. Contudo, é preciso muita dedicação e persistência por
parte de quem procura o tratamento.
“O suporte que o tratamento psicológico oferece é
fundamental. Muitas vezes, o paciente não se considera viciado em nicotina e
sente vergonha de expressar essa dependência. É um trabalho em conjunto, que
exige tempo, autoconhecimento, autocontrole e apoio da família e amigos”,
encerra o professor.
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