A
fluoxetina é um medicamento que tem sido receitado para a perda de peso, uma
vez que age no controle da ansiedade, uma das causas de obesidade. Mas não deve
ser usada sem acompanhamento e mudanças no estilo de vida, pois serve apenas
como auxiliar no processo de emagrecimento.
“Esse
medicamento, além de atuar na depressão, também controla a ansiedade. Assim,
ajuda a conter o apetite, o comer excessivo decorrente da ansiedade e,
consequentemente, ajuda na perda de peso. Então é um excelente adjuvante no
tratamento da obesidade, mas, como toda medicação, deve ter acompanhamento
médico, porque depois de algum tempo há evidências de que ela não ajuda tanto
na perda de peso. Uma pessoa a utiliza, compensa a ansiedade, mas chega ao
limite de ação da fluoxetina”, explica a Dra. Carolina Almeida, médica
referência em emagrecimento, responsável técnica pelo Núcleo GA Petrolina.
De
acordo com a médica, a fluoxetina age nos neurotransmissores, responsáveis pela
regulação do humor. Em geral não causa dependência, mas deve ser retirada
gradualmente para que o corpo se adapte à sua ausência. Pode ser usada em
adultos, desde que não sejam alérgicos, e em crianças apenas em casos
selecionados.
“Há
muitos anos a fluoxetina vem sendo usada para emagrecer, mas é importante
esclarecer para a sociedade que este medicamento é um antidepressivo, que
pertence a uma classe de inibidores seletivos de recaptação de serotonina. E a
serotonina é um dos hormônios responsáveis pela sensação de felicidade,
sensação de prazer. Inicialmente percebeu-se uma perda de peso pelo simples
fato de utilizar a medicação. Essa redução do apetite fez com que ela passasse
a ser aplicada como adjuvante nos tratamentos contra a obesidade”, complementa
a médica.
Apesar
de muito segura, assim como outras medicações, a fluoxetina pode ter alguns
efeitos adversos que quando ocorre são leves e podem ser contornados. Alguns exemplos
são cansaço, dor de cabeça, tontura (apesar de pouco comum) e insônia, que é
resolvida ajustando o horário da ingestão. Outra queixa muito frequente é a
diminuição do desejo sexual por distúrbios da ejaculação, o que também pode ser
contornado, ou, em último caso, substituir a medicação.
“A
fluoxetina deve ser utilizada sob intensa supervisão médica porque ela não pode
ser ingerida com alguns outros medicamentos e deve ser muito bem avaliada caso
o paciente seja portador de alguma doença como glaucoma, epilepsia. E o mais
importante de tudo: não é possível acreditar que haja um medicamento capaz de
resolver todos os problemas relacionados à obesidade. A fluoxetina é uma
medicação excelente, mas deve ser usada nos casos selecionados, geralmente
associados a outras medicações e a outras medidas, como reeducação alimentar e
atividade física”, finaliza Dra. Carolina Almeida.
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Agência ECOAR
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