A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf)
informou que, nesta sexta-feira (1º), o reservatório da Usina Hidrelétrica de
Sobradinho, no norte da Bahia, atingiu 100% de sua capacidade – 34,1 bilhões de
metros cúbicos d’água. Em 2009 foi última vez que essa marca foi alcançada, há
treze anos.
“Desde o início do período úmido na bacia do Velho
Chico, com fortes chuvas no alto São Francisco, o que se viu foi o aumento
gradativo do volume d’água no rio e o acúmulo devidamente monitorado e
controlado através das vazões nos reservatórios da Chesf”, explicou o diretor
de Operação, João Henrique Franklin.
De acordo com diretor de operação, este cenário
pluviométrico levou o maior reservatório do Nordeste à totalidade de sua
capacidade, com uma vazão de saída, atualmente, de 3 mil m³/s, que será mantida
até nova avaliação da Chesf.
“A partir de agora, com os reservatórios cheios,
teremos um cenário de segurança hídrica para o período seco, garantindo o
atendimento à geração de energia e aos demais usos múltiplos da água na Bacia
do São Francisco”, afirmou.
Desde janeiro, com a incidência das forte de chuvas
na bacia, por mais de 50 dias, a Chesf manteve a vazão em 4 mil m³/s. O volume
foi reduzido no dia 7 de março para 3.500 m³/s e depois foi para 3 mil m³/s.
A Chesf informou ainda que a redução para o atual
patamar tem o objetivo de recuperar o nível do reservatório de Itaparica (Usina
Luiz Gonzaga-PE). A medida preserva o volume seguro em todos os reservatórios
para suprir as necessidades dos usos múltiplos e a geração de energia durante o
período seco, que se inicia em maio e segue até novembro.
No dia 24 de março, a Companhia começou a redução
do vertimento das cascatas do Velho Chico. A Chesf iniciou um período em que
toda a vazão praticada nos reservatórios será exclusivamente turbinada para
geração, conforme necessidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A Chesf explicou que a situação hidrológica é
permanentemente monitorada, mesmo no período seco que se inicia em maio,
podendo haver alterações das vazões ora praticadas. As mudanças ocorrem
conforme sejam as necessidades de geração de energia apresentadas pelo ONS ou a
alteração dos volumes pluviométricos nas regiões.
G1 BA
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