Na
orla de Juazeiro e margem do rio São Francisco é possível ver o quanto as águas
do Velho Chico estão avançando diariamente com o aumento da vazão da Barragem
de Sobradinho, que nesta quinta-feira (20), segundo a Companhia Hidrelétrica do
São Francisco (Chesf), passará de 2.800 m³/s para 3.300m³/s. E atenta a essa
situação, a força-tarefa montada pela Prefeitura de Juazeiro segue realizando
ações integradas no município para ajudar os moradores de áreas próximas às
margens do rio.
Todos
os dias equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade
(SEDES), com a presença de assistentes sociais, estão realizando visitas no
bairro Angari. O objetivo é prestar toda a assistência necessária neste período
de cheia do rio às famílias ribeirinhas vulneráveis com os impactos da enchente.
“A
prefeitura mobilizou toda sua equipe para esse trabalho preventivo e estamos
oferecendo segurança e assistência aos moradores. Nossos técnicos, assistentes
sociais e psicólogos estão visitando o bairro Angari todos os dias, preenchendo
um formulário para identificar quais famílias têm necessidade de serem
transferidas. As famílias que concordam sair, assinam uma declaração aceitando
e as que não querem, assinam a declaração recusando, e nós respeitamos o livre
arbítrio delas. Em seguida, a SEDES providencia a mudança para a unidade de
acolhimento provisório que está funcionando na Escola Paulo VI. Outra equipe
fica na escola para acolher e acompanhar as famílias que aceitaram se mudar,
atendendo algumas necessidades específicas que essas famílias podem ter. Todo
esse trabalho conjunto é para dar o suporte necessário e minimizar os impactos
para essas famílias”, explicou a superintendente de gestão do Sistema Único de
Assistência Social, Laíse Macêdo.
Morador
do Angari, seu José Domingos da Silva reconhece a assistência prestada pelo
município. “Esse acompanhamento que o pessoal da Prefeitura está fazendo é
muito importante para ajudar a evitar que os moradores percam seus móveis com a
cheia do rio”, disse.
Doze
famílias já foram retiradas do bairro Angari, sete aceitaram ficar abrigadas na
Escola de Tempo Integral Paulo VI, e cinco preferiram ir para casa de parentes.
“Nos
primeiros dias poucas famílias aceitaram deixar suas casas, no começo ficaram
um pouco resistentes, com receio de quando o nível do rio voltar ao normal, ao
retornarem para suas casas a encontrem violadas. Nós entendemos e respeitamos a
decisão deles. Mas diariamente continuamos vindo ao Angari para ouvir os
moradores, ver como está a situação e aqueles mudarem de ideia, estaremos à
disposição para acolhê-los da melhor forma possível”, frisou a assistente
social Rosane Bertipalha.
Texto:
Edísia Santos/ Ascom PMJ
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