Morreu neste domingo , 16, aos 41 anos, o prefeito de São Paulo, Bruno
Covas Lopes. Ele enfrentava um câncer, diagnosticado em 2019, e estava
internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, desde o início do
mês.
Bruno assumiu a cadeira de prefeito da maior cidade do país em abril de
2018 quando João Doria decidiu abandonar o posto para concorrer ao governo de
São Paulo. No ano passado, foi reeleito no segundo turno, derrotando Guilherme
Boulos (PSOL), com mais de 3,1 milhões de votos (59%) — seu maior feito nas
urnas foi vencer na primeira etapa da disputa em todos os distritos da capital.
Ele estava licenciado há duas semanas do cargo pelo agravamento do
quadro clínico, mas, segundo auxiliares na administração municipal, acompanhava
do hospital o cotidiano da cidade e recebia algumas visitas, como as mais
recentes, do presidente da Câmara, Milton Leite, e do vice-governador do
Estado, Rodrigo Garcia.
Filiado ao PSDB, partido que o seu avô Mário Covas ajudou a criar e foi
o primeiro presidente da legenda, em 1988, Bruno era formado em Direito pela
Universidade de São Paulo (USP) e em Economia pela Pontifícia Universidade de
São Paulo (PUC). Foi deputado estadual e federal.
O vice-prefeito, Ricardo Nunes, do MDB, será o seu sucessor no comando
de São Paulo.
Ainda não há informações oficiais sobre o velório.
Câncer
Covas estava internado desde 2 de maio no Hospital Sírio Libanês, na
capital paulista, quando se licenciou do cargo. Desde 2019, tratava um câncer
na cárdia (região entre o estômago e o esôfago), que atingiu partes do sistema
digestivo e também os ossos. O quadro se agravou ainda mais com sangramentos
recentes.
O último boletim, divulgado na noite de sexta-feira, 14, informava: “o
prefeito Bruno Covas segue internado no Hospital Sírio-Libanês recebendo
medicamentos analgésicos e sedativos. O quadro clínico é considerado
irreversível pela equipe médica. Neste momento, encontra-se no quarto
acompanhado de seus familiares”.
Ao longo dos últimos meses, o político passou por diversas sessões de
quimioterapia e imunoterapia para a regressão da doença. Entretanto, acabou não
resistindo.
Covas deixa o filho, Tomás Covas Lopes, de 15 anos, que ele se orgulhava
em dizer nas redes sociais que permaneceu firme ao seu lado mesmo nos dias mais
difíceis do tratamento.
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