A ex-BBB, atualmente empresária e analista comportamental, Mayra
Cardi, foi protagonista de um dos assuntos mais comentados nesta semana: O
jejum prolongado. A “líder em emagrecimento natural”, que influencia mais de 6
milhões de pessoas através das redes sociais, ficou sete dias sem comer. Entre
críticas e apoios, Mayra segue defendendo o jejum que fez, segundo ela, visando
benefícios para a saúde.
“Em momento algum eu mandei alguém fazer, muito pelo contrário, eu
não mando nada, cada um faz o que quiser da sua vida, procura o profissional
que quiser”, disse a ex-BBB em vídeo publicado no Instagram, rebatendo críticas
contrárias ao jejum feito por ela. Na ocasião, a mesma revelou que foi
acompanhada por uma equipe “full-time” durante o jejum.
As principais críticas feitas à Mayra Cardi, seja por seguidores,
internautas ou profissionais da área da saúde versam sobre os riscos,
consequências e ineficácia do procedimento adotado. A Dra. Carol Couto, médica
com atendimento voltado para o emagrecimento, não recomenda o método. “Para a
população em geral não é recomendado um jejum prolongado como este, em nenhuma
hipótese sob a ótica nutricional. Em termos de processos de emagrecimento,
hipertrofia e bem-estar não há nada que justifique um jejum de sete dias”,
afirmou.
O jejum intermitente vem ganhando adeptos que visam o
emagrecimento. A Dra. Carol Couto, explica a diferença dessa modalidade e o
jejum prolongado. “É importante que as pessoas compreendam que o jejum que se
faz para emagrecer é o intermitente, que deve ser acompanhado por médicos,
nutricionista, no qual há uma progressão de horários para que o jejum ao mesmo
tempo que tem os efeitos da falta de alimentação por um período, também supra
as necessidades nutricionais do organismo”, disse.
Os riscos do jejum prolongado, tipo o praticado por Mayra Cardi
são graves e podem acometer a saúde e o bem-estar de quem arrisca praticar.
“Quanto ao jejum contínuo para a população em geral, a gente já fala em riscos
porque quem não está acostumado pode ter hipoglicemia, fraqueza, deficiência
súbita nutricional que pode criar danos permanentes. A hipoglicemia severa
pode, com episódios de desmaio, provocar inclusive danos cerebrais. E pode
prejudicar o emagrecimento, ganho de massa muscular seja qual for o objetivo,
já que depois de um determinado período o corpo começa a consumir os músculos,
e os músculos são importantes tanto no processo de hipertrofia, ganho de massa
muscular, tanto no processo de emagrecimento. A pessoa fica debilitada e não
vai emagrecer de forma saudável”, alerta a Dra. Carol Couto.
“É extremamente importante que a população em geral não siga essas
modas, uma vez que cada um vai ter uma doença, situações diferentes, demandas
nutricionais diferentes, e tudo isso deve ser avaliado pelo seu médico e pelo
nutricionista”, conclui.
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