O STF achou que o Presidente da República era um
genocida negacionista. Assim, para impedi-lo de colocar em ação um plano que
custaria muitas vidas, fizeram uma intervenção no próprio conceito de
federação. Pela hierarquia, o correto seria União, Estados e Municípios. O STF
decidiu que a palavra final em assuntos relacionados à pandemia seria de
Estados e Municípios. Caberia ao Ministério da Saúde e ao Governo Federal,
portanto, apenas atender às demandas de Estados e Municípios. Para quem não
entendeu bem a extensão disso, é simples. Imagine que um pai custeia uma casa e
deu um quarto para seu filho. O filho quer comida, água, energia elétrica,
celular, internet, Play Station 7, receber a namorada, ir e vir livremente, fumar
maconha e o pai não pode fazer nada além de pagar por tudo.
O Presidente se colocou contra lockdown e criticou
Governadores e Prefeitos que assim agiram. A fiscalização das aglomerações
ficou a cargo das prefeituras e dos governos estaduais. Ao mesmo tempo, os
Ministérios da Saúde e da Economia liberaram bilhões de reais para o combate à
pandemia. Esse dinheiro deveria ser usado para pagamento de servidores
públicos, compra de EPI´s e outros e, acima de tudo, para montar hospitais de
campanha. Ao mesmo tempo, sob pressão do Congresso Nacional, Bolsonaro
implantou, em tempo recorde, num excelente trabalho de logística dos
ministérios da Fazenda, da Cidadania e da Caixa Econômica Federal, o auxílio
emergencial. O mesmo deveria ser recebido apenas por pessoas cuja renda foi
atingida pela pandemia, porém foi muito amplo o leque de pessoas que receberam,
razão pela qual a inflação cresceu, mesmo com restrição de circulação de
pessoas e de atividade econômica.
Entretanto, mesmo assim, o número de casos continuou a
aumentar. Misteriosamente, os hospitais de campanha começaram a ser
desativados. Além disso, em diversos Estados e Municípios houve ação da Polícia
Federal para combater desvios de verbas. Rio de Janeiro e Pernambuco são
exemplos. Juazeiro foi uma dessas cidades.
Durante as eleições, foram muitas aglomerações,
inclusive daqueles que criticaram Bolsonaro por promover aglomerações entre
seus apoiadores. Pessoas que defenderam desesperadamente o #fiqueemcasa
passaram a andar por todos os cantos com milhares de pessoas em busca de votos.
A mídia, por incrível que pareça, reduziu a quantidade de notícias sobre a
pandemia nesse período. Ao fim das eleições, os casos de COVID-19 voltaram não
só a crescer como a serem mais noticiados.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro era criticado por desdenhar da vacina chinesa
Coronavac e por tardar a comprar alguma outra vacina. Ele alegou que apenas
queria que a ANVISA fizesse a aprovação dos imunizantes no tempo adequado e
livre de pressões políticas. Muitos Estados, acertadamente, buscaram comprar
vacinas, tanto para disponibilizar à população quanto para não permitir que
Bolsonaro ganhasse o bônus político de ser reconhecido como provedor da vacina.
Aí é que vem as perguntas:
01)Por que não se vê nenhuma manifestação popular contra
políticos que desviaram verbas públicas da saúde ?
02)Por que os hospitais foram desativados, mesmo ainda
havendo pandemia ?
03)Por que o STF retirou o Governo Federal da
coordenação do combate à pandemia, mas a mídia insiste em responsabilizar o Governo
Federal por cada uma das mortes da COVID ?
04)Por que as mortes da COVID sempre são noticiadas
como mortes do Brasil e nunca como mortes de Estados e Municípios ?
05)Por que um Estado tem aumento do número de casos,
internações e mortes, mas nunca se coloca esse Governador como genocida ?
06)Se o primeiro #fiqueemcasa e o auxílio emergencial
eram para dar tempo para o SUS se preparar para receber pacientes de COVID e,
portanto, não colapsar, por que desativaram os hospitais de campanha ?
07)Por que prefeitos e Governadores estão decretando
lockdown, se o auxílio emergencial só volta em abril e, mesmo assim, com valor
de apenas R$ 250 ?
Da forma que o povo brasileiro vive, é praticamente
impossível não se contaminar, principalmente por causa do ônibus e do metrô. Os
trabalhadores precisam ir e vir para ganhar o pão. A situação é tensa porque os
ônibus não podem andar lotados e as empresas alegam que precisarão aumentar o
preço da passagem, se for para colocar toda a frota em circulação, já que seria
prejuízo. Em vez de olhar para o transporte público, os gênios foram atrás do
futebol e dos bares, crendo que os mesmos são vetores de transmissão do
coronavírus.
Gente, a contaminação é questão de comportamento e de
saúde pública. O atendimento é questão política. Vá ao portal da transparência,
veja quanto seu Estado/Município recebeu de verba do Governo Federal e cobre ao
seu Governador/Prefeito a planilha de como foram efetuados esses gastos. Essas
mortes não podem ser colocadas na conta do Governo Federal, pois a saúde é
estadual e municipal. Governo Federal falhou na questão da vacina ? Claro que
sim. Eu seria um idiota, se negasse isso. Mas daí a tentar explorar o
sofrimento alheio para criar um caso de instabilidade política para viabilizar
uma ascensão política de um grupo opositor, isso é muita desonestidade,
crueldade e desumanidade.
Wilbertein Sanderrsflip
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