A segunda fase da Operação 404 foi deflagrada em novembro de 2020, e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em conjunto com a Polícia Civil, bloqueou ou removeu mais de 300 serviços de TV por assinatura pirata via IPTV. Estima-se que o serviço ilegal atendia 26 milhões de pessoas antes de ser derrubado.
A Aliança Contra a Pirataria da TV por Assinatura (Alianza) divulgou que um dos principais alvos da operação foi um provedor que atendia ilegalmente 727 mil usuários, com mais de 20 funcionários e faturamento anual de US$ 18 milhões. Foram desligados 38 servidores, que retransmitiam 3.200 canais ao vivo, 3.000 filmes e 300 séries.
No
total, a aliança – que é mantida pela Sky, Nagra, Motion Picture Association e
Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) – estima que os
bloqueios da operação impactaram mais de 26 milhões de usuários. Foram 252
sites e 65 aplicativos derrubados na ação.
TV pirata é maior que TV paga
oficial no Brasil?
À
primeira vista, é possível pensar que a TV pirata é muito maior que a TV por
assinatura legalizada no Brasil. Dados da Anatel de setembro de 2020 apontam
que o serviço de TV paga tem 15,1 milhões de contratos. A Claro é a maior
empresa no setor, com 47,6% dos clientes, seguida por Sky (30,9%), Oi (10,7%) e
Vivo (8,3%).
No
entanto, existe uma diferença bem importante entre os números da Anatel e da
Alianza: esta última estima o número de usuários, não de acessos, e um serviço
de TV por assinatura é utilizado por mais de uma pessoa nas residências. Portanto,
não se sabe ao certo quantas casas eram atendidas pelo IPTV pirata.
A TV paga tradicional tem sofrido com a perda de
clientes. O modelo de empacotamento torna o serviço caro e inacessível para
muitos. Ao mesmo tempo, a oferta de serviços de streaming legítimos é cada vez
melhor, com a comodidade do usuário escolher o que quer assistir quando quiser
e sem intervalos comerciais.
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