Na região do Vale do São Francisco temos cidades com realidades muito diferentes, embora seja uma região muito integrada, mas destaco a cidade de Curaçá como exemplo de enfrentamento ao covid-19.
O município tem cerca de 30 mil habitantes, e tem 25 casos confirmados de coronavirus. Proporcionalmente tem mais casos do que a cidade de Salvador, com cerca de 3 milhões de habitantes e com quase 2 mil casos confirmados.
O prefeito Pedro Oliveira assumiu o protagonismo no enfrentamento a pandemia, não fez alardes com a criação de leitos e compra de respiradores, não fez hospital de campanha, adquiriu testes rápidos e fez testagem em massa, criou leitos de UTI; fez barreiras sanitárias; realizou desinfecção; distribuiu máscaras e álcool para a população nas filas de bancos e lotéricas, cortou 20% dos vencimentos para comprar cestas básicas, decretou o isolamento social e foi eficiente ao baixar o toque de recolher, ou o fechamento total da cidade (lockdown).
A cidade tem hoje dos 26 casos confirmados, 16 curas clinicas, sendo que 09 permanecem em isolamento domiciliar. Sem nenhum óbito ou casos graves.
O município não tem guarda municipal e o efetivo da policial militar é pequeno, mas tem conseguido controlar e contornar a grave crise de pandemia, com medidas e com o apoio da população.
O primeiro decreto de enfrentamento foi assinado no dia 18 de março, suspendendo as aulas na Rede Pública Municipal pelo período de 15 dias, a contar do próximo dia 20, sexta-feira e a suspensão das atividades nas creches municipais a partir da próxima segunda-feira, dia 23.
Logo após o Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Coronavírus, criado para dar ampla atenção às medidas de contenção e proteção da população do município, começou a funcionar efetivamente monitorando e informando a sociedade curaçaense das medidas preventivas.
Nenhum caso diagnosticado na cidade de Curaçá apresentou até o momento um quadro de gravidade, que ensejasse uma necessidade de internação, não há registro de óbito e a situação segue sob total controle da gestão, apenas com o cumprimento das restrições determinadas pela gestão, em consonância com as orientações da OMS.
Em Juazeiro se fez tudo ao contrário a cidade de Curaçá. Juazeiro começou tarde a testagem rápida, mesmo vendo o aumento dos casos, em razão da transmissão comunitária, o que aumenta o aumento exponencial dos casos, as cidades de Petrolina e Curaçá começaram logo a testagem em massa, por isso anteciparam para o controle do vírus.
Juazeiro demorou, não se sabe quantos realmente estão contaminados, pois não sabemos por que muitos são assintomáticos, imagine que essas pessoas não sabiam que estavam infectados e circularam por grupos de risco. Após a testes os números irão crescer, para não cair em subnotificações.
O município de Curaçá vai receber do governo federal cerca de 3 milhões para o enfrentamento ao covid-19, Juazeiro receberá cerca de 25 milhões, e não tem hospital de campanha, ninguém sabe da compra de respiradores, se alardeou a compra de testes rápidos, mas o que sabemos repetir de cor, é a frase que estar a todo tempo no discurso do prefeito: “ Juazeiro foi o primeiro município…”
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