Com a confirmação de um caso do novo coronavírus em São Paulo e cinco casos suspeitos em Pernambuco, a Prefeitura de Petrolina vem acompanhando a situação no estado e está em alerta para prevenção. Nesta quinta-feira (27), a Secretaria Municipal de Saúde iniciou o levantamento de estratégias para elaboração de um Plano de Contingência, caso a cidade venha a registrar algum caso suspeito de atendimento na rede de saúde. Todas as ações serão planejadas tendo como base as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como estratégia para qualificação das ações de enfrentamento ao novo coronavírus, o município de Petrolina convidou, em caráter de urgência, a Gerência Regional de Saúde, representantes do Hospital Universitário (HU) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) objetivando a elaboração de ações conjuntas para o enfrentamento da situação epidemiológica vivenciada no país. Essa iniciativa foi tomada considerando o Plano de Contingenciamento emitido pelo estado, o qual apresenta o HU como uma das referências para o atendimento aos possíveis casos suspeitos do novo coronavírus.
“Estamos discutindo estratégias iniciais, como formas de bloqueio do vírus e assuntos que envolvem hospitais, unidades de saúde, materiais de proteção, entre outros. Entende-se que se faz necessário uma reestruturação da Rede para o atendimento aos possíveis casos. A gestão municipal se preocupa muito com esta epidemia que começou na China, pois Petrolina recebe gente de várias partes do país e do exterior. No entanto, a Secretaria de Saúde ressalta que não existe caso suspeito da doença em Petrolina”, explica a secretária da pasta, Magnilde Albuquerque, informando que haverá uma nova reunião na próxima segunda-feira (2) para discutir as demandas que foram encaminhadas ao Governo do Estado como resultado do encontro desta quinta-feira (27).
A Prefeitura de Petrolina havia divulgado, no início do mês de fevereiro, nota técnica com recomendações para cuidados e controle do novo coronavírus. De acordo com a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro, o objetivo é informar e orientar os profissionais de saúde e a população. “Neste momento é fundamental a informação. Não é momento de pânico, mas sim de prevenção. Nossa Rede de Saúde está sensível às orientações repassadas pelo Ministério da Saúde. Esse olhar atento não se dá apenas nesta situação, mas é uma ação cotidiana nos serviços, considerando as particularidades de nosso município que recebe um grande número de turistas. Precisamos e estamos sempre atentos. A Secretaria de Saúde do Estado está investigando os casos suspeitos em Pernambuco”, ressalta Marlene.
É importante lembrar que até o momento, a Organização Mundial da Saúde indica como caso suspeito pessoas que apresentam febre e, pelo menos tosse, ou dificuldade para respirar, que estiveram em países com epicentro do surto nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas ou tiveram contato próximo de caso suspeito ou confirmado para o coronavírus nos últimos 14 dias. Mas existem outros vírus circulantes, tais como influenza, portanto avaliação profissional é fundamental.
Sintomas
Os sintomas clínicos do novo coronavírus são, principalmente, respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Os casos mais graves podem evoluir para pneumonia e a transmissão ocorre de pessoa a pessoa pelo ar, de forma semelhante à gripe ou outros vírus respiratórios, pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros em curta distância, ou contato com objetos contaminados pelo vírus. Não existe uma medicação especifica para o vírus. O tratamento é sintomático, com base nos sintomas individuais de cada paciente.
De acordo com Marlene Leandro, ações de educação em saúde e prevenção continuam sendo as principais orientações para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas como: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; higiene das mãos com frequência, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações; pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória de cobrir o nariz e a boca quando for espirrar ou tossir.
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