Na história sociopolítica do Brasil, as manifestações populares sempre tiveram a participação de políticos de oposição ou da situação, do evento da independência ao impeachment da presidente Dilma. De vez em quando surge um paladino da moral e faz textão pseudojornalístico sobre as manifestações populares e a ligação com políticos. Por que fazem artigos descaracterizando os movimentos populares? Grana ou subserviência?
Nessa efervescência sociopolítica, quem ajudaria ao Rafael Pereira e tiraria proveito político da situação? Os jornalistas? Os vereadores de Juazeiro? O prefeito? O ex-prefeito. É óbvio que seria a oposição, e não é uma questão somente de querer o poder, mas reivindicar o seu momento político, isso é natural, saudável e altamente legítimo.
As manifestações de 2013, que foi o movimento catalisador do impeachment de Dilma, foi patrocinado pelo PSDB e pelo DEM paulista. Quem bancou as despesas para a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) trazer em 2014 para Petrolina/PE 99 ônibus para participar do comício da presidente Dilma Rousseff, foram os políticos de oposição? Claro que não!
O prefeito Paulo Bomfim (PCdoB) num ato irresponsável e de puro oportunismo político resolveu construir uma estátua para o jogador Daniel Alves, é legitimo? Sim, ele pode usar desse momento para se promover, embora inoportuno. Porque os políticos da oposição não podem fazer o mesmo para desgastar a gestão? É uma torpeza chamar quem usa o momento político de ratos e baratas, utilizando termos chulos para descaracterizar um movimento legítimo.
A falta de representatividade no parlamento, e a condição de se fazer ouvir as suas demandas comunitárias, numa Câmara de Vereadores onde 21 vereadores, 20 é da base aliada ao prefeito, é o principal motivo para o surgimento dos movimentos populares de manifestação (protestos, passeatas, manifestações, invenções artísticas), Justamente pela incapacidade e o não fomento ao diálogo político mediado através das instituições públicas representativas.
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