O Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf) foi aprovado em duas seleções do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) e receberá o apoio dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês para a execução de projetos que visam a otimização nos processos e fluxos hospitalares.
Os trabalhos iniciarão a partir de agosto de 2019 e serão direcionados em duas áreas: inovação tecnológica e resolutividade na urgência e emergência. Os colaboradores do HU-Univasf participarão de reuniões e workshops ministrados pelas equipes dos hospitais paulistas que também farão visitas à unidade para desenvolver estratégias de acordo com a realidade do HU e da região.
O Hospital Sírio-Libanês implementará o “Lean nas Emergências”, filosofia de gestão voltada para o aperfeiçoamento de processos baseada em tempo e valor, desenhada para assegurar fluxos contínuos e eliminar desperdícios e atividades de baixo valor agregado.
De acordo com o superintendente do HU, Ronald Mendes, o projeto tem como objetivo reduzir o número de pacientes internados nos corredores e a sobrecarga de trabalho das equipes assistenciais. “Os hospitais que participam obtiveram sucesso por meio da organização e obediência aos fluxos estabelecidos e, principalmente, pelo engajamento dos profissionais. Assim, como nossos profissionais buscam cotidianamente a melhoria do serviço prestado ao usuário, espero que colhamos os melhores frutos desta parceria, mesmo com a demanda fora do nosso perfil assistencial e muito além de nossa capacidade instalada”, comentou.
A inovação e incorporação tecnológica como suporte ao planejamento e desenvolvimento de políticas e ações em saúde será a área de atuação do Albert Einstein. O HU receberá dois protótipos a serem implantados para que atendam positivamente a comunidade local, e a transferência de metodologia de Design Thinking, forma de resolver problemas, elaborar produtos e pensar projetos baseada no processo cognitivo que os designers usam, através de pesquisas, brainstorms, seleção de ideias, entre outros.
GREVE NO HOSPITAL REGIONAL DE JUAZEIRO
Médicos do Hospital Regional de Juazeiro, cidade no norte da Bahia, entraram em greve nesta quinta-feira (4). De acordo com a categoria, a atividades foram paralisadas por conta de atrasos no pagamento dos salários e de condições precárias de trabalho. É a segunda paralisação no hospital neste ano. A unidade faz parte da rede de saúde que abrange a Bahia e Pernambuco, atendendo a 53 cidades dos dois estados.
Além dos médicos, outros profissionais da saúde, como psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas também estão sem receber salários há dois meses. Os profissionais continuam trabalhando, mas estão enfrentando dificuldades.
“Atualmente, nós recebemos o salário de abril. Trabalhamos maio sem receber. Trabalhamos junho agora que encerrou. Estamos agora no início de julho, e sem nem previsão de quando vamos receber”, disse um funcionário que não quis se identificar.
A greve afeta as pessoas que chegam ao hospital em busca de atendimento, mas não conseguem. Uma delas é a aposentada Maria Senhora da Conceição. Ela chegou à unidade sentindo fortes dores no abdômen e nas costas, mas não conseguiu ser atendida.
“Não consegui. A menina foi lá e falou com o médico, o médico mandou que eu fosse para a UPA [Unidade de Pronto Atendimento]. Nem olhar para mim, ele olhou. Não mandou nem eu ir lá [na sala de atendimento]”, disse a aposentada.
A assistência também não é fornecida para pacientes que já estão internados no hospital. A irmã da pescadora Maria Aparecida Silva está no hospital há três meses, aguardando uma cirurgia na vesícula.
“O nosso medo é esse, não saber se essa cirurgia que ela está na espera, na expectativa, vai ser prejudicada”, questionou Maria Aparecida.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que paga regularmente a Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Castro Alves, que faz a gestão do hospital.
Segundo a Sesab, nesta quinta-feira (4) regional de juazeiro foi feito hoje um pagamento de quase R$3,6 milhões para a entidade. A secretaria disse ainda que o hospital está funcionando normalmente.
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