O Brasil detém sozinho, 16% do total das reservas de água doce do planeta. E tem ao mesmo tempo o maior rio e o maior aquífero subterrâneo do mundo. E ainda apresenta índices recorde de chuva. Mesmo com tudo isso, as maiores cidades do país sofrem racionamento de água.
Na realidade não são somente as grandes cidades que sofrem, no povoado de Lagoa do Boi, distante cerca de 36 km do centro de Juazeiro e muito menos das margens do rio São Francisco, são mais de 150 famílias que sofrem há anos com a falta do liquido precioso, sem que a prefeitura de Juazeiro ponha um fim nesta situação, parece com a clara intenção de retornar a velha prática do carro-pipa, que deixa as famílias reféns dos políticos.
O SAAE recentemente teve uma ideia fantástica, um absurdo, que não cabe na cabeça do mais ignorante matuto. A autarquia municipal instalou uma caixa d’água de 20.000 litros no solo e uma caixa de 10.000 litros no alto para distribuição de água para dois povoados: Lagoa do Boi e Juá, resultado? Não tem água suficiente porque a caixa de armazenamento e distribuição não atende à demanda dos moradores.
Uma situação desesperadora, a água que abastece as comunidades vem da empresa Agrovale, ou seja, sem um padrão de qualidade no tratamento para consumo humano, sem contar que quando a empresa resolver fazer limpeza no seu sistema de captação, deixa os moradores sem água durante alguns dias, e sem aviso prévio.
Mas em 2020 a prefeitura municipal vai aparecer com um paliativo, como salvadores da pátria, gestores bonzinhos e sensibilizados com a situação caótica dos moradores. Essa é a velha prática de se fazer política em Juazeiro, deixar a população sofrer o máximo, dando sal e poeira para depois aparecer a solução.
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