VALE EM FOCO

Sou mais Juazeiro, crônica de Enio Costa



O que esperar de uma cidade quando as suas principais lideranças políticas estão nesse exato momento impedidas de disputar um processo eleitoral? O que esperar quando o principal motivo pelo quais eles estão impedidos de disputar uma eleição, é justamente por desvios de recursos públicos? O que esperar quando ainda são ovacionados como esperança? O que pensar da justiça por eles ainda estarem soltos?

Assim é Juazeiro, a quinta maior cidade da Bahia, uma das melhores economia, com uma receita anual de 526 milhões, 230 mil habitantes, uma cidade cosmopolita e ponto de passagem para todo nordeste. Juazeiro vive um drama muito particular: ausência de um projeto de desenvolvimento.

A cidade sofre com a ausência de projeto de desenvolvimento e planejamento, uma soma considerável de recursos públicos chegaram para a cidade nos últimos anos, mas não foram bem aplicados à serviço da população. Juazeiro continua tacanha, com administrações medíocres, ora marcada pelo descalabro administrativo, ora vivendo uma administração que somente pensa em perpetuar-se no poder.

Joseph Bandeira já não tem mais nada a oferecer a Juazeiro, teve muitas oportunidades de ser hoje a maior referência política da região norte, mas desperdiçou-a com a sua vaidade absolutista. Com gestões marcadas por erros políticos desastrosos, acusações de todos os tipos, caos administrativo e financeiro e como não poderia deixar ser: com processos de toda natureza. 

Vive a sombra de um passado de populismo e de condenações, a última por improbidade administrativa, mas como todo político que encontra-se nessa situação, é a mesma cantilena: sou inocente e utiliza-se do jargão comum: a minha condenação ainda cabe recurso.

Isaac Carvalho chega a vida política em 2007, embora sempre esteve nos arredores do poder nas gestões de Misael Aguilar. Até um tempo atrás não se tinha uma explicação lógica para que Isaac Carvalho, - o rei do agronegócio, tenha se filiado e tornado prefeito de Juazeiro pelo PC do B. 
Foi sem sombra de dúvidas o prefeito que mais teve oportunidades para transformar Juazeiro. Administrou com o apoio dos governos estadual e federal, sem contar o apoio inconteste de uma bancada parlamentar. Juazeiro recebeu volume de recursos nunca antes na história, mas Isaac foi picado pela mosca azul do poder (ou foi ele que picou a mosca), o resultado que não aproveitou do momento para transformar a cidade, mas para torna-se o mais vaidoso dos políticos da Bahia, acredito que só perde para o velho ACM.

Vive a sombra de vários processos, dois julgados e duas condenações por improbidade administrativa, um deles por desvio de 112 milhões. Assim como Joseph Bandeira, ele se diz o inocente e utiliza-se da mesma cantilena: as minhas condenações ainda cabem recurso. O pior que já foi julgado pelo Supremo Federal.
Sou mais Juazeiro!

Enio Costa
Subtenente BM e educador

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