O ex-presidente Lula acaba de sofrer mais uma derrota significativa em sua cruzada para escapar da cadeia. Após ter sido condenado pelo juiz Sérgio Moro pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, o petista teve sua condenação confirmada no dia 24 de janeiro por unanimidade pelos três desembargadores da 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região de Porto Alegre.
Na sequência, o petista recorreu ao Superior Tribunal de Justiça. Por meio de sua defesa, Lula entrou com um pedido de habeas corpus no qual pedia para não ser preso. Nesta terça-feira, 16, maioria dos ministros da Quinta Turma do STJ votou contra concessão de habeas corpus para evitar a prisão do petista, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a uma pena de 12 anos e 1 mês de prisão pelo TRF-4. Na ocasião, os desembargadores determinaram que o petista seja recolhido para a prisão, logo após exauridos os recursos, o que deve ocorrer em cerca de duas semanas.
O STF é a última instância da Justiça brasileira para as causas infraconstitucionais (não relacionadas diretamente à Constituição Federal), responsável por uniformizar, padronizar, a interpretação da Constituição em todo o Brasil.
A última esperança de Lula agora é o Supremo Tribunal Federal pautar seu caso e rever o entendimento da corte sobre a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância. A presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, já afirmou que não vai pautar a questão, por considerar que isto significaria 'apequenar' o STF. Por mais que Cármen Lúcia venha sendo pressionada pelos colegas da Corte, a presidente do Supremo dificilmente voltará atrás, após uma declaração pública tão enfática.
Considerando este cenário, Lula será efetivamente preso nos próximos dias. Suas alternativas agora para evitar este destino são dramáticas. Ou foge ou invade uma embaixada para pedir asilo político.
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