Depois que dois áudios gravados e transmitidos através do aplicativo Whatsapp num grupo de lideranças comunitárias de Petrolina viralizaram na cidade, muitos passaram a se questionar se questões políticas influenciariam o abastecimento de água e a manutenção das redes de esgoto, ou seja, determinando os locais onde haveria a prestação de serviços feitos pela Compesa.
“Eu tenho um deputado que tem voz e palavra lá no Governo do Estado junto com Roberto Tavares, junto a João Rafael, junto com equipe da Compesa pra chegar e cobrar junto comigo lá dentro da Compesa. Graças a Deus pelo menos isso aí eu tenho, um deputado de palavra. Se minha amiga não tem força nenhuma junto com as lideranças do João de Deus, problema de vocês. Vocês tem o prefeito na mão aí”, dizia um dos áudios. “Se preocupe não, que não fui só eu que fui atendido não. Junto na reunião em que foi decidido para fazer os trabalhos no João de Deus, junto comigo estava na hora João do Fusca do São Gonçalo, que foi liberado para João do Fusca, foi liberado também para o Terras do Sul do meu amigo Pedro Elias e vai ser liberado para outros bairros também sabe por quê? Porque nós tem (sic) um deputado lá em Recife que é filho de Petrolina que está buscando apoio pra apoiar a gente porque nós não tem (sic) medo de cobrar as coisas boas porque a gente não tem medo de cobrar do deputado”, falou a liderança na outra gravação.
Sobre essa questão, durante a entrevista exclusiva feita com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, foi levantada a questão sobre como ele observava tal situação. Em resposta, Miguel Coelho afirmou que a prefeitura não vai tolerar isso e mandou recado dizendo que o tempo do coronelismo, do “novo coronel” já passou. “Imagino que a Compesa não se rebaixe a tanto a ser submetida a vontade de um deputado ou qualquer político que seja, até porque o compromisso e obrigação da Compesa é maior do que qualquer político que é o de entregar a água e recolher o esgoto de forma certa e com qualidade para que possamos ter os bairros de forma mais digna de se viver. Agora se ela sofre interferência eu não sou a pessoa, tem que perguntar a quem lá trabalha, a quem comanda. Eu comando a Prefeitura de Petrolina e vou dizer que não vamos tolerar esse tipo de comportamento, até porque a parte de coronel ou de novo coronel já passou há muito tempo.”, disparou.
Coelho também cobrou das representações estaduais a devida atuação no que diz respeito aos investimentos anunciados na metade de 2017 e que ainda não se concretizaram. “Temos que pensar numa forma transparente de dizer que a Compesa possa falar que vai começar uma obra num dia e começar Porque se você pegar o bairro do Jatibá desde de junho quando o governador deu uma ordem de serviço até agora a gente não viu absolutamente nada. A prefeitura deu um avala para o financiamento de R$ 30 milhões desde novembro para que a Compesa pudesse fazer o saneamento da bacia do Dom Avelar e fazer Antônio Cassimiro I e II e até agora não tivemos nenhum retorno de nenhum projeto nem de nada, nenhum estudo. Então está faltando a gente perceber que do mesmo jeito que do lado de cá estamos tendo a força de vontade de tentar achar uma solução é que a Compesa se quer ficar tem que mostrar serviço”, pontuou. Grande Rio FM
Postar um comentário