Nesse mundinho pirado em que nós vivemos, está cada dia mais difícil se conviver com as pessoas que nele habitam. É muita conversa cruzada, é muito “mi mi mí”, enfim, é muito mal entendido! E confesso que uma das coisas mais desagradáveis que ocorrem nesse plano inferior é sermos mal interpretados. Isso fica ainda mais cruel quando alguém deturpa nossas palavras ou nossas atitudes, descontextualizando-as e utilizando-as em proveito próprio, enquanto nos coloca como “o vilão da história.” A gente acaba até ficando sem saber se fomos nós mesmos quem não soubemos nos colocar, ou, se o outro é quem não soube interpretar o que escrevemos.
Infelizmente, quanto mais tentarmos apresentar o nosso ponto de vista, quanto mais nos explicarmos, pior ficaremos, porque quem não entende da primeira vez raramente compreenderá dali em diante (risos...). Quem se faz de bobo e de vítima jamais será capaz de assumir seus erros, de se responsabilizar por seus atos, de se colocar no lugar de alguém. Tentar fazê-los enxergar além de seu umbigo é inútil. Não conseguem compreender o significado da palavra empatia.
Na verdade, em tese, temos que sempre ser verdadeiros e claros, com todo mundo, pois, assim, quem nos conhece de fato e gosta de nós não se abalará com as maledicências que “outro certo alguém” tentar espalhar sobre nossa reputação.
Eu confesso que já errei muito no passado, costumava bater de frente quando entendiam errado o que eu dizia, quando maldiziam minhas atitudes. Hoje, eu mudei bastante. Não sei se é o peso da minha idade, quase chegando aos cinquenta... Sinceramente, eu não perco mais tempo tentando provar nada a ninguém, de jeito nenhum. O meu tempo é por demais precioso e resolvi aproveitá-lo fazendo o que eu gosto, junto com quem me faz bem. É justamente por isso que eu, quando estou no meio de pessoas que fazem questão de levantar suas vozes, expondo suas ideias que como um todo não passam pelo meu crivo de aprovação, me calo. Pode parecer estranha essa minha atitude. Há muita gente que me vê assim quieto, às vezes sem esboçar qualquer tipo de reação quando estou numa roda de estudantes onde se fala de feminismo, homossexualismo, ou até mesmo o novo “conceito criado pela globalização” chamado ideologia de gênero.
Acredite, eu cheguei a conclusão que não vale à pena ficar batendo de frente com pessoas que só sabem falar pelos cotovelos, que não suportam ouvir o contraditório dentro de uma dialética formal e bem estruturada. É por esta razão que muitos de meus amigos estão vendo hoje um ERRY JUSTO totalmente diferente daquele que no ano passado só faltava “sair na porrada” com quem o difamasse ou deliberadamente torcia suas palavras! Hoje fico mais calado, observador e vivendo esse resultado fruto de um amadurecimento forjado pelo tempo. Hoje, tenho a certeza de que muitas pessoas só entenderão aquilo que quiserem e da maneira que melhor lhes convier. Não vale à pena confrontá-las.
Por isso cheguei a conclusão que o que eu diga ou o que eu faça hoje já não tem muita importância. Algumas pessoas somente interpretarão minha vida de acordo com “o nível de percepção delas mesmas,” para que possam se justificar através dos seus próprios erros que transferem ao mundo, pois segundo elas mesmas, nunca erram. Não tenho muito tempo livre, portanto, não gastarei mais energia com quem não merece.
Segue o fluxo gente amiga! E vivamos...
ERRY JUSTO.
Radialista e Jornalista.
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